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No último pregão antes da semana que vai concentrar a decisão de política monetária de dois dos mais importantes Bancos Centrais do mundo, o FED e o BOJ, os investidores devem operar com cautela e de olho em sinalizações para tentar prever o que as instituições devem decidir. Ontem foi divulgada nos EUA uma série de dados econômicos mistos, que mostrou que a economia americana não está tão forte assim, levando a redução das apostas de uma elevação de juros pelo FED na semana que vem. No entanto, as apostas para uma elevação em dezembro estão em 46%. No Japão, o relatório mensal do governo sinalizou que a economia do país segue se recuperando moderadamente, o que esfriou um pouco as expectativas de um corte na taxa de juros, que já está negativa desde o início do ano. O documento impulsionou principalmente o setor bancário do país, que junto com as ações da Apple levaram o índice japonês a fechar em alta. As bolsas da China, Taiwan e Coreia do Sul seguem fechadas devido a feriados locais. Na Europa e nos EUA, os índices operam com viés de queda, e hoje não contam com o petróleo para ajudar. A commodity opera no negativo, com as perspectivas de que o mercado continuará com excesso de oferta e sem muitas expectativas de que da reunião entre os membros da OPEP e a Rússia, que deve ocorrer ainda este mês, vá sair alguma acordo de controle de produção.
Por aqui, sem muitos dados na agenda, o mercado deve continuar com o foco no cenário político. Michel Temer segue pressionado pelos governadores, que ameaçam declarar estado de calamidade e dificultar a aprovação de medidas do Governo no Congresso caso não recebam socorro financeiro. No entanto, o Planalto tem sido firme ao afirmar que não existe espaço fiscal para essa ajuda adicional e que não está nos planos a alteração do acordo feito em junho com os governadores relativo à renegociação das dívidas dos estados com a União. Michel Temer ainda vetou integralmente o projeto de lei do reajuste da defensoria pública, que reivindicava reajuste de 60% em quatro parcelas. O esperado era que Temer vetasse parcialmente o projeto de lei, concedendo um reajuste de 7% em uma única parcela, porém, o presidente afirmou que o veto total, ou seja, sem reajuste alguma para a categoria, estava em “consonância com a política fiscal que o governo está adotando”. Já no âmbito da Lava-Jato, ontem o ex-presidente, Lula, no diretório do PT, se pronunciou em relação às denúncias do Ministério Público Federal, na quarta-feira, em um discurso emocionado em que se utilizou dos argumentos de golpe, perseguição para impedi-lo de se candidatar em 2018. Lula ainda desafiou a força-tarefa da operação a provar tudo o que foi exposto na coletiva de imprensa e afirmou que se de fato houver provas ele vai a pé para ser preso.
AGENDA
09h00 IBGE: PMS – Julho
09h30 EUA: CPI – Agosto
11h00 EUA/Michigan: índice de sentimento do consumidor – Setembro
14h00 EUA/Baker Huges: número de poços e plataformas de petróleo em atividade
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