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O Comitê de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, banco central americano) manteve as taxas de juros básicas no país estáveis, em 0,5% ao ano. Mas, em seu comunicado ao mercado, o BC americano disse que o cenário de uma alta dos juros no fim deste ano foi reforçado. O Fed espera que o crescimento da economia será mais lento este ano, assim como no longo prazo.
A projeção para este ano caiu de 2% para 1,8% e, para o longo prazo, a taxa também recuou, de 2% para 1,8%. Ao mesmo tempo, os participantes do Fomc disseram que ainda esperam uma alta dos juros pelo menos uma vez em 2016. E na perspectiva para o ano que vem, a projeção é de mais duas altas dos juros em 2017.
Já a perspectiva é que vai levar um bom tempo para a inflação chegar à meta de 2% ao ano. A estimativa para a inflação dos gastos pessoais (PCE), índice preferido pelo Fed, é de alta de 1,3% este ano e 1,9% no ano que vem, atingindo os 2% só em 2018. Já para o desemprego, a projeção subiu ligeiramente de 4,7% para 4,8% neste ano e 4,6% no ano que vem.
Bolsas sobem e dólar cai
As bolsas acentuaram a alta após o anúncio do Fed enquanto o dólar recuava diante de outras moedas e os juros americanos perdiam fôlego. Às 16h10, o Índice Dow Jones ganhava 0,65%, o Standard & Poor’s 500, 0,82% e o Nasdaq, 0,82% também. O Nasdaq é puxado também pelo anúncio da Microsoft de recompra de US$ 40 bilhões em ações no mercado. Já os papéis de 10 anos do Tesouro dos EUA têm queda forte nas taxas, de 0,03 pontos percentuais, para 1,658%. O dólar recua 0,23% em relação ao euro, para US$ 1,1179 por euro, e 1,26% em relação ao iene, para 100,46 ienes por dólar.
Na Europa, onde os mercados já estavam fechados quando saiu a decisão, o Índice Stoxx 50 subiu 0,58%.O Financial Times, de Londres, ganhou 0,06%, o DAX, de Frankfurt, 0,41% e o CAC, de Paris, 0,48%.
No Brasil, o Índice Bovespa, que chegou a cair no início da tarde, ganhou força e subia 0,85%, para 57.736 pontos.
O dólar comercial acentuou a queda, para R$ 3,223, ou -1,16%. O dólar turismo recua 0,29%, para R$ 3,39 na venda.
Os juros futuros também passaram a cair mais. O contrato para 2018 projeta 12,36%, ante 12,47% ontem. Para 2021, a taxa está em 11,88%, ante 12,06% ontem.
