O Índice de Estoques (IE), calculado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), alcançou os 99 pontos em setembro. O resultado representa uma queda de 2,5% em relação a agosto. Segundo a pesquisa, a retração foi motivada, principalmente, pela proporção de entrevistados que afirmaram possuir estoques abaixo do adequado, que passou dos 13,4% em agosto para 14,3% em setembro, alta de 0,8 ponto porcentual (p.p.). Porém, na comparação com o mesmo período de 2015, houve crescimento de 8,8% no IE (quando o índice registrou 91 pontos).
O indicador da Fecomercio capta a percepção dos comerciantes sobre o volume de mercadorias estocadas nas lojas, e varia de zero (inadequação total) a 200 pontos (adequação total). A marca dos cem pontos é o limite entre inadequação e adequação.
Além do aumento nos estoques abaixo do adequado, houve também crescimento de 0,4% no número de empresários que afirmaram estar com estoques acima do adequado, passando dos 35,5 pontos em agosto para 35,9 pontos em setembro. As duas altas ajudaram a rebaixar a proporção de empresários com estoques adequados, que caiu 1,3% no mês.
Cresce número de estoques abaixo do desejado
De acordo com a Fecomercio, a queda em setembro foi caracterizada pelo aumento na proporção de empresários com estoques abaixo do desejado. Segundo a entidade, esse resultado não é completamente negativo diante de um longo período de elevação média dos estoques e do comportamento do consumo nos últimos anos. Para a federação, esse aumento indica que, ainda que não haja um grande aquecimento das vendas, a oferta e a demanda estão se equilibrando e os piores momentos estão ficando para trás.
Indicador deve apresentar melhora
A perspectiva da Fecomercio é de que o cenário tende a melhorar na medida em que as políticas de equilíbrio macroeconômico forem implementadas. Para a entidade, a recente definição política deve acelerar um pouco as decisões de consumidores e, mais ainda, de empresários que passam a desengavetar projetos de investimento, gerando emprego, renda e girando a roda da economia e do consumo.
O Natal pode ser um marco da retomada na visão da entidade, com resultado positivo em relação ao ano passado – algo que não ocorre em uma data comemorativa desde o final de 2013. O Índice de Estoques ainda está ruim, mas a Federação ressalta que toda caminhada começa com pequenos passos e muitos sinais estão sendo dados no sentido de que o país começa a se recuperar.