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IPP: 11 das 24 atividades industriais brasileiras apresentaram aumento de preços em Agosto de 2016

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Em agosto em 2016, onze das vinte e quatro atividades industriais avaliadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para elaboração do Índice de Preços ao Produtor (IPP) apresentaram variações positivas de preços em relação ao mês imediatamente anterior. As quatro maiores variações observadas em agosto/2016 se deram entre os produtos compreendidos nas seguintes atividades industriais: Indústrias extrativas (4,15%), outros produtos químicos (-2,54%), vestuário e acessórios (-2,10%) e fumo (-1,60%). Em termos de influência, nesta comparação, sobressaíram outros produtos químicos (-0,24 ponto percentual), alimentos (-0,15 ponto percentual), Indústrias extrativas (0,11 ponto percentual) e metalurgia (0,11 ponto percentual).

Na perspectiva do acumulado no ano (agosto/2016 contra dezembro de 2015), o indicador atingiu -0,93%, contra -0,68% em julho/2016. Entre as atividades que, em agosto/2016, tiveram as maiores variações sobressaíram: outros produtos químicos (-13,07%), outros equipamentos de transporte (-10,88%), fumo (-10,31%) e impressão (10,21%). Nesta comparação, os setores de maior influência foram: alimentos (1,40 ponto percentual), outros produtos químicos (-1,40 ponto percentual), refino de petróleo e produtos de álcool (-0,58 ponto percentual) e outros equipamentos de transporte (-0,28 ponto percentual).

Ao comparar agosto de 2016 com agosto de 2015, a variação de preços ocorrida foi de 3,03%, contra 4,29% em julho/2016. As quatro maiores variações de preços ocorreram em alimentos (17,08%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (13,27%), impressão (12,37%) e outros produtos químicos (-10,71%). Neste indicador, os setores de maior influência foram: alimentos (3,25 ponto percentual), outros produtos químicos (-1,16 ponto percentual), veículos automotores (0,38 ponto percentual) e metalurgia (0,19 ponto percentual).

Indústrias extrativas

Em agosto, as indústrias extrativas apresentaram a principal variação positiva (4,15%) entre todas as atividades das indústrias extrativas e de transformação. A influência da variação dos preços da atividade sobre o indicador mensal da indústria geral foi de 0,11 ponto percentual (em -0,26%), consistindo na principal influência positiva sobre este indicador, juntamente com a metalurgia. Com a variação positiva dos preços observada no mês, a variação acumulada no ano passou para 3,67% contra -0,46% acumulados até julho. Na comparação com agosto do ano anterior, os preços da atividade variaram positivamente em 0,53%. A variação positiva dos preços no mês foi influenciada principalmente pela alta dos preços internacionais do minério de ferro no período.

Alimentos

Entre julho e agosto de 2016, os preços dos alimentos variaram, em média, -0,71%, primeiro resultado negativo desde abril de 2016 (-0,08%). Assim, a variação de preços acumulada ao longo do ano recuou de 7,75%, em julho, para 6,99% – este resultado é maior do que aquele que se observava em agosto de 2015 (4,43%). De todo modo, na comparação agosto de 2016/agosto de 2015, os preços atuais são maiores do que os do ano passado em 17,08%, o que coloca o setor como o principal destaque nessa comparação em termos de variação de preços.

Em agosto, a variação de preços do setor alimentício o colocou em destaque, em termos de influência, nas três comparações feitas nessa análise. Foi o segundo na comparação mensal (-0,15 ponto percentual, em -0,26%), atrás apenas de outros produtos químicos (-0,24 ponto percentual) e primeiro tanto no acumulado (-1,40 ponto percentual, em -0,93%) quanto no M/M-12 (3,25 ponto percentual, em 3,03%).

O mês de agosto foi marcado pela inflexão no preço de “leite esterilizado/UHT/Longa vida”, que desde fevereiro de 2016 influenciou positivamente o resultado do setor. Nesse sentido, a variação negativa observada foi a maior (em módulo) do setor e, ainda, a maior influência. Em termos de influência, figuram também “resíduos da extração de soja” (influência negativa), “carnes de bovinos frescas ou refrigeradas” e “açúcar cristal” (as duas com influência positiva), que, somadas, tiveram influência de – 1,07 ponto percentual, em -0,71%.

No caso dos produtos mais influentes, a justificativa dada pelas empresas que fazem parte da pesquisa indica que: no caso de “leite esterilizado/UHT/Longa vida”, uma maior captação nas bacias leiteiras reduziu o custo, fator que foi reforçado pela menor demanda interna; no caso de “resíduos da extração de soja”, a oferta mundial está em níveis elevados e com perspectiva de ser uma das melhores dos últimos tempos; no caso de ”carnes de bovinos frescas ou refrigeradas”, a maior justificativa está no estímulo recebido de mercados externos; e foi a demanda externa que pressionou o aumento do preço do “açúcar cristal”.

Refino de petróleo e produtos de álcool

Os preços do setor variaram, na comparação agosto de 2016/julho de 2016, em -0,74%, primeiro resultado negativo depois de dois meses consecutivos de variações positivas. Com esse resultado, o acumulado no ano chegou a -5,50%. Por sua vez, na comparação com igual mês do ano passado, a variação foi de -0,27%, primeiro resultado negativo desde maio de 2015 (-0,40%).

Além de ser um dos setores de maior contribuição no cálculo do total das indústrias extrativas e de transformação, o destaque dado ao setor deve-se ao fato de ter sido a terceira maior influência no acumulado do ano (-0,58 ponto percentual, em -0,93%) – atrás de alimentos (1,40 ponto percentual) e outros produtos químicos (-1,40 ponto percentual). Os quatro produtos de maior influência na comparação mensal foram responsáveis por -0,72 ponto percentual da variação de -0,74%, com destaque para a variação negativa de ‘naftas’. Estes mesmos produtos figuram entre as maiores influências do acumulado no ano. Vale observar que os dois produtos de maior peso entre os quatro (“óleo diesel e outros óleos combustíveis” e “álcool etílico (anidro ou hidratado)”) influenciaram positivamente tanto o indicador mensal quanto o acumulado, o que não impediu que o resultado fosse negativo.

Outros produtos químicos

A indústria química registrou, no mês de agosto, uma variação negativa de preços de 2,54% em relação a julho, mantendo pelo segundo mês consecutivo uma situação de queda de preços, o que resultou no acumulado do ano em um valor de -13,07% (maior variação em termos absolutos). Quando comparados com valores do mesmo mês do ano anterior (comparação anual), os preços do setor apresentaram variação de -10,71% em agosto de 2016, sendo esta a quarta maior variação em valores absolutos registrada e a maior redução de preços na pesquisa, muito disso em consequência do mercado internacional e dos preços dos derivados de petróleo.

Os quatro produtos de maior influência no mês contra mês imediatamente anterior – “adubos ou fertilizantes à base de NPK”, “etileno (eteno) não-saturado”, “herbicidas para uso na agricultura” e “polipropileno” – representaram -1,86 ponto percentual no resultado de -2,54%; ou seja, os demais 28 produtos contribuíram com -0,68 ponto percentual.

Metalurgia

Ao comparar os preços do setor em agosto de 2016 contra julho de 2016 houve uma variação positiva de 1,51%, completando uma série de quatro aumentos consecutivos. Desta forma, o setor acumulou no ano uma variação positiva de 3,29% e nos últimos 12 meses uma variação de preços de 2,55%. Em relação aos produtos que mais influenciaram os resultados no mês contra mês anterior, aparecem dois dos quatro produtos de maior peso na atividade: “lingotes, blocos, tarugos ou placas de aço ao carbono”, com a maior influência positiva entre todos, e “bobinas a quente de aços ao carbono, não revestidos”. Os demais em destaque são “folhas-de-flandres” e “barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre”, este último com variação negativa, refletindo os efeitos verificados com o cobre na Bolsa de Londres e o recuo do dólar frente ao real.

Entre os 22 produtos selecionados para a pesquisa, os quatro produtos com destaque na análise de influências do tipo mensal representaram 1,47 ponto percentual da variação no mês, ou seja, os demais 18 produtos influenciaram em 0,04 ponto percentual.

Veículos automotores

Em agosto, os preços do setor tiveram uma variação média de 0,73%, resultado positivo que ocorre depois de dois negativos. Com isso, o acumulado no ano chegou a 1,80%, resultado abaixo do que havia ocorrido em agosto de 2015, 4,50%. No caso da comparação anual, a variação foi de 3,56%, a menor do ano, que começou com a comparação de janeiro de 2016 contra janeiro de 2015 apontando uma variação de 7,14%.

Ao lado de ser um dos setores de maior peso no cálculo do resultado das indústrias extrativas e de transformação, o destaque dado a veículos automotores se deve ao fato de ser a terceira maior influência (em módulo) na comparação anual (0,38 ponto percentual, em 3,03%), atrás de alimentos (3,25 ponto percentual) e de outros químicos (-1,16 ponto percentual).

Chama a atenção no resultado do setor a presença, tanto no caso da comparação mensal quanto na comparação anual, de “automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência”, produto de maior peso no cálculo dos resultados do setor (próximo a 49,0%). Isso se deve, na ponta, à entrada de novos modelos em algumas empresas e, no caso da comparação anual, ao mesmo fato ocorrido em dois momentos, janeiro e agosto.

Outros equipamentos de transporte

No mês de agosto, os preços de outros equipamentos de transporte continuaram declinando (-0,83%). Com isso, já são sete meses seguidos de queda nos preços da atividade. O acumulado do ano ficou em -10,88%, sendo a segunda principal variação acumulada observada para a indústria em geral. Na comparação com agosto de 2015, houve variação negativa (-4,36%). Os preços da atividade tiveram destaque na influência negativa sobre a variação acumulada no ano da indústria geral (-0,28 ponto percentual). A queda observada nos preços da atividade ao longo do ano é influenciada principalmente pelos preços de “aviões de peso superior a 2.000 kg”.

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