Juros futuros sobem com expectativa de corte menor no Copom; dólar cai para R$ 3,18

Os juros futuros projetados nos contatos de DI da BM&FBovespa encerraram o dia em alta nos prazos mais curtos e em baixa nos mais longos, ajustando-se às perspectivas do mercado com relação à provável queda da taxa básica Selic na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que começou hoje e termina amanhã. O mercado se divide entre os que acreditam num corte de 0,25 pontos, maioria, e os que acham que o corte será de 0,5 ponto. Há ainda uma minoria que acredita que o Banco Central (BC) poderá surpreender e manter os juros nos atuais 14,25% ao ano.

No mercado futuro, os contratos para janeiro de 2017 elevaram a projeção para este ano para 13,638% ao ano, alta de 0,001 ponto percentual em relação à ontem, e indicando a probabilidade de um corte de 0,25 e outro de 0,5 ponto. Para 2018, a projeção subiu de 11,97% para 11,99% ao ano. Já para 2021, diante de um rigor maior do BC no curto prazo, o juro cairia mais, e a projeção recuou de 11,23% para 11,17% ao ano.

Anbima, corte de 0,5%

Já o Comitê de Acompanhamento Macroeconômico da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) prevê um corte de 0,5 ponto percentual agora e mais 0,5 ponto na reunião no fim de novembro. Com isso, a taxa básica de juros prevista para o final do ano é de 13,25%. Para 2017, o cenário indica a manutenção da trajetória de redução da Taxa Selic, com uma previsão de 10,5% para o final do período.

Inflação perto da meta, crescimento de 1,5% e dólar a R$ 3,42 em 2017

De acordo com a Anbima, a inflação deve encerrar o ano acima da meta do Banco Central, no patamar de 7%. Para 2017, a previsão é positiva, com o IPCA apresentando uma variação anual de 4,98%. O PIB (Produto Interno Bruto), permanecerá negativo este ano, em -3,2%. A previsão para 2017 é positiva, com expansão de 1,5%. Já o dólar deve fechar o ano em R$ 3,25 e, em 2017, subir para R$ 3,42.

Dólar recua para R$ 3,18

Hoje, o dólar voltou a cair abaixo dos R$ 3,20, fechando no mercado comercial a R$ 3,183, queda de 0,81%, apesar de o BC ter vendido todo o lote de US$ 250 milhões de swaps cambiais reversos, que equivalem à compra de dólares. A moeda acompanhou o mercado internacional, onde o dólar se desvalorizou diante das principais moedas emergentes diante da expectativa de alta dos juros nos EUA mais modesta. A taxa de juros de 10 anos do título do Tesouro dos EUA recuou 0,032 ponto, para 1,736% ao ano.

No mercado de dólar turismo, a moeda foi comprada a R$ 3,15 e vendida a R$ 3,33.

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