O banco espanhol Santander no Brasil fechou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 1,884 bilhão,10,3% acima do obtido no mesmo período do ano passado, superando as expectativas do mercado, de R$ 1,477 bilhão. O retorno sobre o patrimônio líquido foi de 11,4%, acima dos 10,4% do terceiro trimestre de 2015. Mas o índice de inadimplência acima de 90 dias cresceu, de 3,2% no ano passado para 3,5% neste ano, em virtude de problemas de crédito de grandes empresas. Já a inadimplência de pessoas físicas caiu de 4,4% para 4,3%.

A carteira de crédito do banco recuou 6,3% em relação ao ano passado, reflexo da retração da economia brasileira, apesar de a carteira para pessoas físicas ter crescido 6,8% no período. O principal aumento veio do crédito consignado, com 27,2% de aumento em 12 meses, imobiliário, com 7,6% e cartão de crédito, 7,7%. As duas primeiras são carteiras de menor risco para o banco.

Para o UBS, o resultado foi considerado bom e refletiu alta das taxas, baixa inadimplência de curto prazo, até 90 dias, bom controle de custos e maior eficiência. Os pontos negativos foram crescimento do crédito ainda baixo, baixos ganhos (spreads) nas taxas do crédito e inadimplência ainda alta acima de 90 dias. A recomendação do UBS é de venda para a unit (recibo de ações) do Santander Brasil (BOV:SANB11), com preço-alvo de R$ 18,60.

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