O setor de seguros apresentou um crescimento de 8% na arrecadação de prêmios no ano até agosto na comparação com o mesmo período de 2015. Os dados são da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg) e foram divulgados hoje. Segundo a pesquisa, no primeiro trimestre o setor registrou uma expansão de 3,63% e acelerou a alta para 6,98% no acumulado até junho.

Segundo o presidente da CNSeg, Marcio Serôa de Araujo Coriolano, a melhora dos números do mercado de seguros, porém, ainda não reflete um ambiente econômico mais ativo, e sim a preocupação das pessoas em proteger sua vida e seu patrimônio em momentos de crise. Para este ano, ele manteve a projeção de avanço para o setor em torno dos 8,5% ante 2015. O setor de seguros arrecada cerca de R$ 450 bilhões e soma R$ 800 bilhões em ativos.

Desempenho por segmento

O presidente da CNSeg atribuiu aos números positivos do mercado, no acumulado do ano até agosto, à melhora no desempenho do segmento de automóvel. “O seguro de automóvel apresentou números melhores como resposta da procura por alternativas para compensar a queda das vendas de veículos zero km como, por exemplo, vendas de veículos usados”, explica. O segmento apresentou, até agosto, uma desaceleração 1,3%, menor do que a registrada nos primeiros sete meses do ano.

Apesar do destaque do setor automotivo, outros ramos como o seguro rural, o seguro-garantia, o seguro de vida e a previdência (VGBL), principalmente os dois últimos, também têm contribuído para o desempenho do mercado de seguros no Brasil.

O Seguro Rural apresentou crescimento nominal de 17,2% no acumulado do ano. Os planos de previdência privada aberta registraram alta de 17,8%. Já os seguros de vida apresentaram crescimento de 29,8% de janeiro a agosto deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior.

Entre os demais segmentos de destaque da pesquisa, a arrecadação do Seguro-Garantia voltado às obras públicas apresentou um crescimento nominal de 29,8% de janeiro a agosto de 2016. Este ramo se destacou dentro de Crédito e Garantia, grupo que teve variação nominal de 10,7% no acumulado de janeiro a agosto deste ano.

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