Com uma alta de 163% no ano, 35% dos quais apenas nos últimos 30 dias, as ações da Petrobras ainda têm espaço para subir, afirmam analistas. Entre eles está o UBS, que em relatório enviado aos clientes diz que ainda dá para participar da festa da recuperação da estatal. “Muitos acham que após o desempenho da ação, todo seu potencial de alta já foi alcançado, mas nós acreditamos que há mais para vir”, diz o relatório.
O banco aumentou o preço-alvo do papel, de R$ 19,00 para R$ 21,80, citando a nova política de preços anunciada semana passada, que manterá os preços da estatal ajustados em relação ao mercado. O relatório é assinado pelos analistas Luiz Carvalho e Julia Ozenda.
Hoje, o papel preferencial da Petrobras (BOV:PETR4) está em queda de 0,57%, negociado a R$ 17,52, enquanto o ordinário cai 1,11%, para R$ 18,79.
Além disso, o UBS cita o aumento do petróleo no mercado internacional, de US$ 47,61 em julho para US$ 52,00 hoje, e as medidas tomadas pela nova gestão da estatal e do próprio governo. O banco espera que importantes mudanças regulatórias virão para permitir que a Petrobras libere o valor de alguns ativos e reduza a percepção de risco dos investidores em relação à companhia.
Para o UBS, a política de reajuste de preços é um sinal forte de independência da gestão da companhia, além de, por sua transparência, garantir o interesse de parceiros em negócios com a estatal.
Outro banco que recomenda compra de Petrobras é o Santander. A corretora da instituição têm um preço-alvo de R$ 23,25 para o papel. E vê ganhos também em outras empresas do setor de petróleo, como Ultrapar, com preço-alvo de R$ 85,00, São Martinho, R$ 57,00, e Cosan, R$ 37,90.
Para o banco, o anúncio da política de preços da Petrobras deve ajudar as distribuidoras de combustíveis, como Shell e Esso, da Cosan e a Ipiranga, da Ultrapar. Ao mesmo tempo, com os reajustes de preços ocorrendo em maior frequência, o setor de açúcar e etanol deve ter seus preços mais correlacionados aos do petróleo.
Outro que recomenda a compra da ação da estatal é o BB Investimentos, com preço-justo de R$ 18,40. O banco acredita que a nova política vai reduzir os receitas da estatal, mas permitirá ganhos de longo prazo pela maior transparência de sua gestão para os investidores e aumentar o potencial de ganho nas parcerias, especialmente nos investimentos em refinarias. O relatório é assinado por Wesley Bernabé e Viviane Silva.
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