De olho no cenário externo, Ibovespa fecha em forte alta o pregão desta quinta-feira

O Ibovespa encerrou em forte queda o pregão desta quinta-feira, influenciado pelas declarações da presidente do Federal Reserve (Fed), Janet Yellen. A chefe do banco central dos Estados Unidos disse que os juros podem subir relativamente em breve se os dados econômicos continuarem indicando melhora do mercado de trabalho e inflação em alta.

Ibovespa Hoje

O Ibovespa fechou em baixa de 1,63% nesta quinta-feira, 17 de novembro de 2016, cotado em 59.770,47 pontos.

Ibovespa em Outubro

Em novembro, após onze pregões, o principal índice de ações brasileiro acumula uma desvalorização de 7,94%. Ao longo do mês, foram realizados sete pregões de baixa contra quatro de alta. No pregão do dia 31 de outubro, o indicador encerrou o nono mês do ano cotado em 64.924,52 pontos.

Ibovespa em 2016

Em 2016, após duzentos e dezenove pregões, o Ibovespa acumula uma valorização de 37,88%. No último pregão de 2015, o principal índice acionário do país fechou cotado em 43.349,96 pontos. São cento e vinte pregões de alta, contra noventa e sete de baixa e dois sem nenhuma variação no preço de fechamento ao longo do ano.

Cenário Externo

O Ibovespa foi influenciado pelo discurso da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, e pela divulgação de dados sobre a economia dos EUA.

Janet Yellen disse que o Fed pode elevar a taxa de juros “relativamente em breve” se os dados econômicos continuarem indicando melhora do mercado de trabalho e inflação em alta.

Investidores entenderam que o Fed pode subir os juros no país já no mês que vem.

A inflação de outubro nos EUA teve a maior alta em seis meses. Além disso, o número de norte-americanos que entraram com pedidos de auxílio-desemprego caiu para o menor nível em 43 anos na semana passada.

Juros mais altos nos EUA poderiam atrair para lá recursos atualmente investidos em outros países onde os rendimentos são maiores, como é o caso do Brasil.

A maioria das Bolsas de Valores da Europa fechou em alta. Apenas a Bolsa da Itália ficou quase estável:

• Espanha: +0,92%
• Inglaterra: +0,67%
• França: +0,59%
• Portugal: +0,48%
• Alemanha: +0,20%
• Itália: -0,03%

Das sete principais Bolsas de Valores da Ásia e do Pacífico, quatro fecharam em alta, duas ficaram praticamente estáveis e uma não teve variação:

• Cingapura: +0,70%
• Taiwan: +0,37%
• Austrália: +0,20%
• China: +0,11%
• Coreia do Sul: +0,05%
• Japão: estável
• Hong Kong: -0,08%

Cenário Interno

No mercado interno, a corrupção na política puxou para si todos os holofotes. Nesta quinta-feira, o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, foi preso pela Polícia Federal acusado de corrupção ao longo de seus dois mandatos. A prisão ocorre um dia após outro ex-governador do estado fluminense, Garotinho, ter sido preso acusado de chefiar um esquema de compra de votos.

Vale

As ações preferenciais da Vale (VALE5) caíram 1,66%, a R$ 22,52, e as ações ordinárias da Vale (VALE3) perderam 1,63%, a R$ 24,74.

Petrobras

As ações preferenciais da Petrobras (PETR4), que dão prioridade na distribuição de dividendos, caíram 3,05%, a R$ 14,29.

As ações ordinárias da Petrobras (PETR3), com direito a voto em assembleia, perderam 2,89%, a R$ 16,46.

Os papéis da estatal foram influenciados pela queda nos preços do petróleo no mercado internacional.

Outros Destaques

As ações do Bradesco (BBDC4) tiveram baixa de 3,13%, a R$ 28,78.

As ações do Itaú Unibanco (ITUB4) se desvalorizaram 2,99%, a R$ 35,06, e as ações do Banco do Brasil (BBAS3) fecharam em queda de 1,85%, a R$ 25,52.

Composição do Ibovespa em 17 de Novembro de 2016