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Goldfajn diz que reformas e inflação controlada definirão ritmo de queda dos juros

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As economias emergentes, incluindo o Brasil, precisam aproveitar a oportunidade criada pelo “interregno benigno” do mercado internacional, formado por juros baixos, grande liquidez e commodities estáveis ou em alta, para implementar os ajustes necessários em suas econonomias. Para o Brasil, é importante aprovar as reformas (teto de gastos e reforma da Previdência) para restaurar a confiança e criar condições para a recuperação econômica, com inflação baixa e estável.

A avaliação é do presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, em apresentação a representantes do mercado feita hoje. Segundo ele, o BC está comprometido em levar a inflação de volta para a meta de 4,5% e mantê-la estável. “Isso ajudará a economia a recuperar a confiança e o crescimento”, disse.

Inflação e aprovação das reformas definem corte dos juros

O presidente do BC informou também que os juros devem continuar caindo, mas o ritmo de queda dependerá da inflação projetada e da aprovação das reformas estruturais. Segundo ele, a convergência da inflação para a meta para 2017 e 2018 é “compatível com uma flexibilização moderada e gradual das condições monetárias”.

O BC, segundo Goldfajn, avaliará o ritmo e a magnitude da flexibilização monetária ao longo do tempo, de modo a garantir a convergência da inflação para a meta de 4,5%. A magnitude da flexibilização monetária, ou seja, o percentual de cortes na Selic, e uma possível intensificação do seu ritmo “dependerão de evolução favorável de fatores que permitam maior confiança no alcance das metas para a inflação no horizonte relevante, que inclui os anos-calendário de 2017 e 2018”.

De olho nos serviços e no Congresso

Entre os fatores que podem permitir maior corte nos juros estão que os componentes do IPCA mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, como os preços dos serviços, retomem claramente uma trajetória de desinflação em velocidade adequada. O BC também espera que o ritmo de aprovação e implementação dos ajustes necessários na economia, ou seja, as reformas estruturais, contribuam para segurar a inflação na meta.

Dólar é flutuante, mas BC tem instrumentos

Sobre a queda do dólar, que ameaça recuar abaixo de R$ 3,00 e prejudicar a balança comercial, Goldfajn reafirmou que o câmbio é flutuante sua tendência será respeitada. O que não exclui a possibilidade de o BC usar seus instrumentos de forma “previsível e com parcimônia”. Goldfajn observou que o BC está reduzindo seu estoque de swaps cambiais, o que equivale à compra de dólares no mercado, e ajuda a segurar a moeda. Mas ele destacou que ‘cautela é o nome do jogo”.

O que pode atrapalhar a queda dos juros e da inflação

Goldfajn listou os prós e contras para a redução da inflação e dos juros. Os riscos incluem o fato de o processo de aprovação e implementação dos ajustes necessários na economia ser longo e envolver incertezas. O período longo com inflação alta e expectativas acima do teto da meta ainda pode reforçar os chamados “mecanismos inerciais”, como a indexação de contratos e salários, o que pode retardar o processo de queda da inflação. Há ainda sinais recentes de que a queda dos preços de alguns componentes do IPCA mais sensíveis à economia e aos juros registrou uma pausa, o que indicar uma queda mais lenta da inflação.

O que pode ajudar a derrubar a inflação

Já os fatores que podem ajudar a queda nos juros começam com os sinais de que a inflação se mostrou mais favorável no curto prazo, o que pode sinalizar menor persistência no processo inflacionário. O nível de ociosidade na economia também pode produzir desinflação mais rápida do que a 0refletida nas projeções do Banco Central. E os primeiros passos no processo de ajustes necessários na economia, ou seja, a aprovação da PEC 241, que limita o reajuste dos gastos do governo na Câmara, foram positivos, o que pode sinalizar aprovação e implementação mais céleres das reformas que o antecipado.

Desafio maior é conter os gastos públicos

Para Goldfajn, o principal desafio do país hoje é ajustar a dinâmica do crescimento dos gastos públicos depois de décadas de forte crescimento das despesas e que foi financiado de maneiras diversas nos últimos anos, com inflação mais alta, impostos e crescimento da dívida pública. O objetivo atual, diz o presidente do BC, é mostrar que dívida pública não crescerá tão rapidamente daqui para frente.

Só a PEC 241 não resolve

Para isso, o teto dos gastos proposto pela PEC 241 deve “reintroduzir o debate sobre o orçamento e prioridades”. Mas, além da reforma fiscal, Golfajn alerta que será preciso avançar em uma agenda de reformas estruturais para aumentar a produtividade e o crescimento de longo prazo. Essas iniciativas, diz, são importantes para o Brasil recuperar o crescimento e tornar possível uma inflação baixa e estável.

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