Rentabilidade dos grandes bancos cai para os níveis de 1999

 A rentabilidade dos três maiores bancos brasileiros caiu para os níveis de 1999, conforme levantamento da Economática. O cálculo leva em conta o lucro líquido comparado ao patrimônio líquido da instituição, o ROE na sigla em inglês. A mediana da rentabilidade sobre o patrimônio no terceiro trimestre deste ano ficou em 17,05%, número que só supera o de dezembro de 1999, quando o Banco Central (BC) abandonou o sistema de bandas cambiais e o dólar passou a ser flutuante.  

zO maior retorno, em termos de mediana, dos bancos foi no segundo trimestre de 2006, com 33,16% sobre o patrimônio. Ou seja, para cada real do banqueiro aplicado no banco, o lucro foi de 33,16%.

O retorno do terceiro trimestre deste ano representa a quinta queda consecutiva da rentabilidade, iniciada no segundo trimestre de 2015, quando a mediana foi de 21,08%.

 Dos três maiores bancos, o Banco do Brasil é o que apresenta o maior recuo no retorno. No 3° trimestre de 2016, o banco fechou com 13,2%, valor similar ao registrado no 4° trimestre de 2001, quando o ROE foi de 12,95% ao ano. O ROE do Bradesco do 3° trimestre de 2016 de 17,05% é próximo ao valor registrado no 4° trimestre de 2013.

 ROE do ItauUnibanco de 18,87% no 3° trimestre de 2016 é similar ao registrado no 3° trimestre de 2013, com 18,29%.

 Abaixo a evolução do ROE do Banco do Brasil de 1999 até 2016.

 Para o cálculo, a Economatica utiliza os demonstrativos financeiros padronizados entregues pelos bancos à CVM. São utilizados os demonstrativos elaborados de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis a Instituições Financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.

 O cálculo do ROE é efetuado de forma padronizada para todas as datas da seguinte maneira:

 Lucro líquido acumulado 12 meses / ((Patrimônio líquido ano1 + Patrimônio líquido ano2)/2).

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