Inflação dos pobres, que mostra a variação do custo de vida para famílias até cinco salários mínimos, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou 0,07% em novembro e ficou abaixo da taxa de 0,17% de outubro, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A desaceleração foi puxada pelos alimentos, que depois das fortes altas nos últimos meses estão em queda.

Com este resultado, o acumulado no ano foi para 6,43%, bem menos do que os 10,28% registrados em igual período do ano anterior. Considerando os últimos 12 meses, o índice está em 7,39%, abaixo dos 8,50% relativos aos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2015, o INPC registrou 1,11%.

A alta do INPC foi menor em novembro que a do IPCA, que mede o custo de vida das famílias até 40 salários mínimos e que registrou 0,18% no mês passado. Em 12 meses, porém, a alta do INPC supera os 6,99% do IPCA, mostrando que o impacto dos alimentos, que pesam mais para as famílias de baixa renda, foi mais forte no período.

Os produtos alimentícios tiveram queda de 0,31% em novembro, enquanto no mês anterior a queda foi de 0,06%. O agrupamento dos não alimentícios variou 0,25%, abaixo da taxa de 0,28% de outubro.

Quanto aos índices regionais, o mais elevado foi o da região metropolitana de Recife (0,55%), com alta de 0,47% nos preços dos alimentos. Goiânia (-0,40%) apresentou o menor índice, em função da queda de 3,72% no item energia elétrica, refletindo a redução de 8,83% no valor das tarifas em vigor desde o dia 22 de outubro. Os alimentos consumidos em casa (-0,90%) também contribuíram para o menor resultado.

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