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Mercado em clima de festas evita surpresa

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Os momentos finais do ano tendem a ser de volume financeiro cada vez mais reduzido, à medida que as festas de fim de ano se aproximam, reduzindo o ritmo dos mercados. Um dos últimos pontos altos de 2016, a reunião do Banco Central do Japão (BoJ) não trouxe novidades e foi apenas mais um evento a não mexer com os negócios.

 O BC japonês manteve a política de afrouxamento monetário baseada no controle da curva de rendimento dos juros, mas melhorou a avaliação em relação à economia do país pela primeira vez desde maio de 2015, dizendo que a atividade parece estar retornando à trajetória de recuperação. Em reação, a Bolsa de Tóquio zerou as perdas da sessão e fechou em alta de 0,5%, enquanto o iene se enfraqueceu em relação ao dólar.

 As expectativas de que a eleição de Donald Trump irá impulsionar a economia japonesa, melhorando as exportações e o sentimento dos negócios no país, se contrastam com a piora das relações diplomáticas entre os Estados Unidos e a China. Tanto que as bolsas de Xangai e de Hong Kong caíram hoje, diante do aumento da tensão geopolítica entre as duas maiores economias do mundo.

 Mas os investidores já estão em clima festivo e preferem evitar surpresas nesta reta final do ano, aguardando as novidades de 2017. Muitos estão optando por colocar o dinheiro no bolso, realizando os lucros acumulados. Foi o caso da Bovespa ontem, que encerrou no nível mais baixo em três meses, na faixa dos 57 mil pontos, reduzindo a valorização de mais de 30% acumulada em 2016.

 O movimento, porém, foi acompanhado de um giro financeiro fraco, o que acabou reduzindo a força para a Bolsa mudar de direção ao longo do dia. O volume de negócios menor também foi observado na sessão de câmbio, onde o dólar caiu a R$ 3,37, com os investidores diminuindo as posições nos portfólios para a virada do ano.

 Nesta manhã, a moeda norte-americana mede forças ante os rivais internacionais, ganhando terreno em relação ao euro, mas ficando praticamente de lado frente ao xará australiano. Nas commodities, os metais básicos e preciosos recuam, com o zinco caindo pelo terceiro pregão seguido e o ouro devolvendo dois dias de ganhos. O barril do petróleo também está no vermelho, mas segue acima da faixa de US$ 50.

 A agenda econômica do dia está igualmente mais fraca. Sem a previsão de divulgações relevantes no exterior, o destaque fica com a entrevista do presidente do BC local, Ilan Goldfajn (11h), na qual ele deve apresentar uma agenda de medidas estruturais.

 A expectativa é de que o anúncio não seja restrito à área de cartões de crédito, mas alcancem a dinâmica de funcionamento do sistema financeiro e sua eficiência. Ainda assim, o BC não deve agir para destravar o crédito e liberar recursos para impulsionar a economia – como no caso dos depósitos compulsórios.

 Ao contrário, a autoridade monetária deve continuar se esquivando da grave crise de crédito que assola o Brasil e aprofunda a recessão.Diante do alto nível de endividamento das empresas e das pessoas, os bancos estão receosos de que a inadimplência cresça ainda mais e preferem manter o dinheiro disponível em estoque.

 Como pano de fundo desse cenário, estão as incertezas políticas, que reduzem o apetite por investimento (e financiamento), sob o risco de insolvência. À tarde, o BC volta à cena para informar a nota de setor externo em novembro (15h), com números sobre o déficit em conta corrente e os investimentos externo no país. E por hoje é só!

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