ADVFN Logo ADVFN

Não encontramos resultados para:
Verifique se escreveu corretamente ou tente ampliar sua busca.

Tendências Agora

Rankings

Parece que você não está logado.
Clique no botão abaixo para fazer login e ver seu histórico recente.

Hot Features

Registration Strip Icon for discussion Cadastre-se para interagir em nossos fóruns de ativos e discutir com investidores ideias semelhantes.

O poder corrosivo das taxas no seu investimento

LinkedIn

Já passa das duas da manhã, você está com fome e vai até a geladeira e descobre que não tem nada para resolver o seu problema, então decide pegar seu smartphone e com poucos toques sobre a tela você pede uma deliciosa pizza. Ainda nos exemplos que envolvem a madrugada: são duas da manhã, você está em uma festa e bebeu algumas cervejas, então decide chamar um Uber para retornar tranquilamente para sua casa.

Com o avanço da tecnologia, a nossa vida se torna cada dia mais prática. Antes, pedir uma pizza ou um táxi envolvia discar alguns números no seu telefone e há 15 anos até mesmo ir a um antiquado orelhão com um cartão telefônico. Portanto, se a tecnologia está cada vez mais presente em nossas vidas, por que insistimos em métodos antiquados em outras esferas da vida cotidiana, como nos serviços oferecidos pelos bancos?

Bancos são custosos e ineficientes para seus clientes. Do cliente universitário ao de alta renda, desafio algum leitor a dizer que nunca teve problemas com seu banco e que sente prazer em ir até uma agência bancária.

Apesar da tecnologia também ter avançado (e muito) nos serviços bancários, a exemplo do Internet Banking, caixas eletrônicos e até mesmo em algumas modalidades de contas que podem ser abertas diretamente pela internet, os bancos ainda não são digitais por completo. Pois são como grandes transatlânticos que lentamente vão mudando de direção, enquanto barcos menores podem ser mais rápidos e eficientes.
Assim, um dos principais serviços oferecidos pelos grandes bancos brasileiros que ainda não entrou no Século XXI é o dos investimentos, ou da gestão do investimentos de seus clientes.

Normalmente você é inundado de propagandas e incentivos para investir em diversos produtos, seja um CDB, um título de capitalização, LCI, previdência ou fundo de investimentos alavancados, mas sempre com aquele pé atrás de estar sendo enganado de alguma forma. E na maioria das vezes está.

Ainda assim, se você já consegue investir seu dinheiro em fundos de investimentos com poucos cliques, não é uma operação totalmente funcional e transparente. Normalmente bancos são especialistas em embutir taxas e custos e repassá-los aos investidores, o que acaba por corroer seu retorno de longo prazo, aumentando a lucratividade dos bancos e gerando um desincentivo a inovar por parte deles.

Para trazermos para o mundo prático, vamos colocar em números nossos argumentos: Se você tivesse investido R$ 1.000,00 em 1996 apenas na taxa de renda fixa CDI, em 20 anos às taxas de administração cobradas, o resultado seria:

tabela-verios

graf-verios

Percebe o poder de corrosão das taxas de administração no longo prazo? E pasmem, existe um grande volume de dinheiro investido em fundos com taxas maiores de 3%, incentivados tanto pelo interesse dos bancos, quanto pela desinformação dos investidores.

Mas calma, novamente a tecnologia vem para revolucionar e tornar as relações entre investidor-gestor mais equilibradas e baratas.

Estamos falando do conceito de carteiras inteligentes, que foram desenvolvidas em especial para que o investidor médio, com menos acesso a produtos de investimentos arrojados e com menos tempo de ficar destrinchando a sopa de letrinhas dos investimentos possa assim investir com segurança, tranquilidade e garantir seus ganhos de longo prazo. Toda essa onda tem origem nas Fintechs, empresas que unem o melhor do mundo da alta tecnologia e dos investimentos. E como alguns algoritmos podem substituir pessoas, um insumo bastante caro, o custo para o cliente é menor do aqueles encontrados em veículos tradicionais de investimentos.

Carteiras inteligentes são completamente automatizadas, nas quais perguntas simples ao usuário que traçam seu perfil de risco determinam qual a melhor combinação de investimentos para aquela pessoa, tudo isso baseado na mais moderna teoria financeira da alocação de portfolio. Se ela tem maior propensão a risco e deseja obter maiores retornos, por que não um pouco de índices de ações? Pensando em longo prazo e em manter seu patrimônio valorizado, fugindo do apelo “curtoprazista” patrocinado pelos bancos?

Se o investidor for mais idoso e conservador, uma combinação de diferentes títulos públicos tende ser o ideal. E se ele tiver interesse em estar exposto a ações norte-americanas?

Todas essas possibilidades podem ser facilmente desenhadas quando o conceito de carteiras inteligentes é introduzido. Uma vez que o algoritmo decide o que comprar, ele compra e administra essa combinação de ativos, sem aquele papel do gerente do banco tentando te empurrar o “melhor produto” ou “o produto do momento”. Gente custa dinheiro, menos gente no processo e mais automação significa menores taxas ao investidor. Lembrando que o algoritmo não faz tudo isso porque ele acha “legal”, ele “pensa” levando em consideração décadas de desenvolvimento teórico da economia financeira. No final existe uma justificativa matemática/estatística que guia a alocação do algoritmo.

 

Escrito por Victor Candido, editor do Terraço Econômico.

Deixe um comentário