Semana terá alta dos juros nos EUA, delação da Odebrecht, teto de gastos, Previdência e IBC-Br

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A semana deverá ser marcada pelos desdobramentos das denúncias do ex-diretor de Relações Internacionais da Odebrecht Claudio Melo Filho, citando o presidente Michel Temer e pessoas ligadas a ele, como o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o líder do governo no Senado, Romero Jucá. Segundo o diretor da empreiteira, Temer e a cúpula do PMDB teriam recebido milhões da empresa em troca de favores e para aprovar medidas de interesse da empresa. O presidente negou as acusações, mas reconheceu a gravidade da situação e convocou uma reunião de emergência no domingo à noite com ministros.

A turbulência política ameaça complicar a votação do teto dos gastos em segundo turno no Senado, prevista para ocorrer na terça-feira da semana que vem, assim como a análise da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça do Congresso. Partidos aliados, como o PSDB, podem se afastar de Temer, com receio do impacto das denúncias.

O fim de semana foi de articulações do presidente Temer, que busca articular sua defesa e de seus aliados das acusações e ainda sair da defensiva, propondo um plano para recuperar a economia, que dá sinais muito fracos de recuperação. Não há muito o que fazer, mas a equipe de Henrique Meirelles terá de encontrar alguma pirotecnia para agradar o presidente e acalmar os críticos.

A verdadeira ajuda para a economia virá da queda dos juros, que poderia já estar encomendada, mas pode voltar a ser suspensa se a turbulência política da Odebrecht bater no dólar e pressionar os preços e a inflação, por isso é importante acompanhar a reação dos mercados e do governo nesta semana. O mercado terminou a semana passada apostando que os juros vão cair mais depressa após o IPCA vir abaixo do esperado e as projeções para o ano ficarem abaixo do teto da meta do BC, de 6,5%. Por isso, é bom ficar atento ao relatório Focus que sai na segunda-feira, com as projeções do mercado.

O grande evento da semana, porém, deverá ser a reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) na terça e na quarta-feira. A reunião deve marcar a segunda alta dos juros desde a crise de 2008. O juro deve subir para o intervalo entre 0,5% e 0,75% ao ano.

No Brasil, além do calendário político, o IBGE divulgará as vendas no varejo de outubro e o BC a prévia do PIB, o IBC-Br, do mesmo mês. A Fundação Getulio Vargas (FGV) solta o IGP-10 de dezembro.

Na Europa, sai a inflação do Reino Unido e, na quinta-feira, o Banco da Inglaterra define sua taxa de juros. Sai ainda a inflação de novembro do euro e a produção industrial da região, além dos índices de gerentes de compras (PMI).

Na China, serão conhecidos na terça-feira os dados de atividade econômica e, sem dia definido, os dados de crédito, ambos de novembro.

Segunda-feira, 12 de dezembro:

O BC divulga o Boletim Focus, com as projeções do mercado até a semana passada. Nos EUA, sai o resultado mensal do Tesouro americano de novembro.

Terça-feira, 13 de dezembro: Dia de inflação ao consumidor (CPI) da Alemanha e do Reino Unido de novembro e do Índice de Expectativas alemão. Nos EUA, sai o índice de confiança do pequeno empresário e os preços de importações. No Brasil, o IBGE divulga o PMC de vendas do varejo de outubro, com expectativa do Banco Fator de nova queda, de 1% no mês. Na China, sai a produção industrial e as vendas no varejo e os investimentos em ativos fixos urbanos de novembro.

Quarta-feira, 14 de dezembro:

O desemprego no Reino Unido de outubro será conhecido logo pela manhã. Também serão divulgados a Produção Industrial de outubro da zona do euro No Brasil, sai o volume de faturamento do setor de serviços (PMS) do IBGE de outubro. Mas o grande evento do dia será o fim da reunião do Federal Reserve, que deve elevar os juros americanos. A expectativa é com o pronunciamento da presidente do Fed, Janet Yellen, depois da reunião. Ela pode falar alguma coisa sobre o impacto da eleição de Donald Trump na política de juros americana. A expectativa é que os projetos de incentivos à economia de Trump obriguem o Fed a elevar mais os juros. Ainda nos EUA, saem vendas de varejo, os Preços ao Produtor (PPI), a Produção Industrial e a Utilização da Capacidade Instalada de novembro. Saem também os estoques das empresas americanas, os estoques de petróleo bruto.

Quinta-feira, 15 de dezembro:

Saem os PMI de Serviços e Composto da Alemanha e da zona do euro de dezembro. No Brasil, a FGV divulga o IGP-10 de dezembro, que o Banco Fator estima que subirá 0,17%. O BC deve divulgar o IBC-Br de outubro, que deve cair 0,50% no mês, reforçando o cenário de recessão. A Fiesp anuncia dados de emprego da indústria paulista de novembro, o PIB mensal da Serasa de outubro, o Relatório Prisma Fiscal com as expectativas do mercado para as contas públicas e os índices de confiança do Empresário Industrial de dezembro da CNI.

Nos EUA, sai o índice de atividade de Nova York Empire State, os preços ao consumidor (CPI) de novembro, os pedidos semanais de auxílio desemprego, a Sondagem da Manufatura do Fed da Filadélfia, o PMI industrial de dezembro e a Confiança do Construtor da associação de corretores NAHB de dezembro.

Sexta-feira, 16 de dezembro:

Na zona do euro, sai o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de novembro. No Brasil, a FGV anuncia o IPC-Semanal da segunda quadrissemana de dezembro. Saem ainda a Sondagem Industrial e da Indústria da Construção da CNI. Nos EUA, serão divulgados os números de novas construções residenciais e de concessões de alvarás de novembro e o indicador de perfuração de poços de petróleo de dezembro.

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