• Donald Trump, presidente dos EUA, vai realmente construir o muro entre a fronteira do país e o México. Trump afirmou ainda, que se o México não pagar pela construção do muro, tentará aprovar legislação para tributar em 20% os veículos exportados para os EUA.
• A agência de classificação de risco Fitch anunciou a manutenção da nota de crédito da dívida corporativa da Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) em BB, com perspectiva negativa, mas citou que a liquidez da companhia está suportada por uma robusta posição de caixa, geração operacional estável e capacidade de acessar o mercado de capitais para refinanciamento da dívida.
• Ainda no exterior, Eike Batista foi incluído na lista da Interpol e é atualmente considerado foragido internacional. O advogado de Eike afirma que o empresário se apresentará espontaneamente às autoridades brasileiras.
• A MMX (BOV:MMXM3), OSX (BOV:SXB3) e CCX (BOV:CCXC3), informaram que o bloqueio de bens e pedido de prisão de Eike Batista não estão vinculados às companhias, mas estão investigando os possíveis efeitos desses eventos em seus negócios.
• O BTG (BOV:BBTG11) está estudando a segregação das atividades bancárias e de gestão de recursos exercidos pelo banco. Em qualquer caso, o banco esclareceu que será facultado a cada acionista a opção de manter sua posição em Units, que continuarão a ser negociáveis mesmo após uma eventual segregação, permanecendo inalterados seus respectivos direitos.
• A Vale (BOV:VALE3) (BOV:VALE5) fará apresentação a analistas e investidores no seminário sobre mineração na APIMEC no dia 02 de fevereiro. A apresentação estará disponível no site da companhia no mesmo dia.
• A Telefônica Brasil (BOV:VIVT4) aprovou a quinta emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, no valor de R$ 2 bilhões. Os recursos serão utilizados para o reperfilamento de passivos financeiros da companhia.
• Após o grupo CME vender integralmente sua posição em ações de emissão da BM&FBovespa (BOV:BVMF3), a companhia afirma que os acordos estratégicos permanecerão em vigor no desenvolvimento de produtos, tecnologia e outras áreas de interesse.
• A CCR (BOV:CCRO3) aprovou a realização de oferta pública de distribuição primária de 221,22 milhões ações ordinárias. O preço por ação será fixado após a conclusão do procedimento de coleta de intenções de investimento.
• O Bradesco (BOV:BBDC4) se pronunciou, afirmando que as medidas são avanço no uso do rotativo. “Para a sociedade, representa uma importante mudança no sentido de possibilitar a redução do comprometimento da renda das pessoas que vierem, eventualmente, acessar o rotativo dos cartões de crédito”, diz a nota do banco.
• O Santander mantém Banco do Brasil (BOV:BBAS3) ‘top pick’ na América Latina, “pois acreditamos que será o melhor banco para capturar a melhora dos fundamentos micro e macroeconômicos no Brasil, o que se traduz no maior potencial de ganho de nossas companhias bancárias cobertas”, segundo relatório de analistas do Santander. “Reiteramos nossa postura positiva sobre os bancos latino-americanos neste ano, especialmente no Brasil e no México. Para o Brasil, mantemos nossa opinião de que há margem para potenciais revisões de consenso (atribuíveis a menores provisões, margens líquidas estáveis e maior eficiência operacional), juntamente com a melhora no sentimento do mercado dada a esperada aprovação das reformas estruturais”, afirmam os analistas.
O Banco do Brasil reiterou seu compromisso de melhorar a eficiência operacional e, a nosso ver, deve ser o banco que mais se beneficia da penetração contínua de ‘clientes digitais’ por meio de celulares e Internet. “Esperamos que o guidance para 2017 indique uma melhora nas provisões (prevíamos uma queda de 14% na comparação anual)”. Para o Itaú Unibanco, o relatório menciona expectativa pelo guidance de 2017, a ser divulgado nas próximas semanas, e que deve indicar menores provisões. “Acreditamos haver alguma possibilidade que lucro por ação cresça perto de 10% (nossa estimativa atual é para crescimento de 5% ao ano). No geral, mantemos nossa visão positiva sobre a ação”, apontam os analistas.
• O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ) definiu na terça-feira, 24, que o advogado Alexandre Rene, do escritório americano Ropes&Gray, será o monitor externo da Embraer (BOV:EMBR3). Rene vai vigiar a fabricante de aviões pelos próximos três anos, fiscalizando as regras de compliance que serão implantadas na companhia. Sua função também é reportar qualquer novo indício de corrupção que encontre.
A empresa brasileira fechou em meados do ano passado um acordo com as autoridades americana e brasileira para evitar ser processada por casos de pagamentos de propina para obter contratos de venda de aviões em países da América Central e Ásia, entre 2007 e 2011. O caso foi descoberto há seis anos e somente no ano passado teve um desfecho. A multa estipulada foi de US$ 206 milhões, cerca de R$ 680 milhões.
A exigência de um vigilante foi feita pela Justiça americana, que quer ter certeza de que a companhia vai mudar suas práticas e ter regras fortes para evitar novos casos de corrupção. O monitor é pago pela própria companhia e terá acesso total a qualquer documento, qualquer equipamento ou a qualquer pessoa da companhia ou prestador de serviços, sem precisar de aviso prévio.
Funcionários de empresas que já tiveram um monitor externo relatam que a vigilância é acirrada, até com um certo clima de terror, e deixa toda a companhia apreensiva. A Embraer é a primeira companhia brasileira a ter esse tipo de vigilância por determinação da Justiça americana, mas não será a única. A Odebrecht e a Braskem, que recentemente fecharam acordo com o Departamento de Justiça, também terão que contratar monitores.
•De acordo com informações do Valor, a 3ª Turma da Câmara Superior do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) manteve cobrança no valor de R$ 110 milhões – segundo fontes da Receita Federal – do Magazine Luiza (BOV:MGLU3). O processo discute o pagamento de PIS e Cofins referente ao período entre 2006 e 2009. A autuação foi efetuada em 2011 e tem cinco pontos principais, sendo um dos mais relevantes, que interessa a diversas empresas, o que aborda o conceito de insumo. A empresa considerou que embalagens, combustíveis, taxas pagas a administradoras de cartões e juros de financiamento obtido junto ao BNDES, seriam insumos. Por esse motivo, aproveitou créditos que seriam gerados com essas despesas. Para a maioria dos conselheiros, porém, os itens não poderiam ser enquadrados nessa hipótese.
Apesar da informação, o BTG Pactual reiterou recomendação de compra afirmando que a empresa vai discutir o tema na Justiça e deve levar anos até uma decisão final. “Não há provisão, porque os advogados entendem que a perda é possível, e não provável. No curto e médio prazos, papel não deveria sofrer por conta disso. Portanto, achamos que uma fraqueza hoje representaria um bom ponto de compra”, dizem os analistas.
• A Kroton (BOV:KROT3) projeta investir R$ 193 milhões no ano, com R$ 143 milhões em capex. A estimativa inclui R$ 50 milhões em opex.
• A empresa de meios eletrônicos de pagamento Cielo (BOV:CIEL3) informou nesta quinta-feira que o presidente do conselho de administração da companhia, Raul Moreira, renunciou ao cargo. A função será assumida por Marcelo Labuto, vice-presidente de Negócios de Varejo do Banco do Brasil, empresa que divide o controle da Cielo com o Bradesco.
Além disso, Eurico Fabri também renunciou como membro do conselho da Cielo, sendo substituído no cargo por Rômulo Dias, que anunciou em outubro que deixaria o cargo do presidente-executivo do Cielo, para assumir como diretor no Bradesco. Moreira, que era vice-presidente de Negócios de Varejo do BB, deixou o cargo numa grande mudança em cargos de vice-presidência do banco anunciada na virada do ano.
No início do mês, a Reuters publicou citando fonte que Moreira será nomeado em breve como novo presidente da Alelo, empresa de cartões de benefício do grupo Elopar, na qual BB e Bradesco também são sócios. Labuto, por sua vez, deixou a presidência-executiva da BB Seguridade, que reúne os negócios de seguros e previdência do BB.
•De acordo com o Santander, a Suzano (BOV:SUZB5) deve ser o destaque do quarto trimestre no setor de celulose e produtos florestais, com um crescimento de 37% do Ebitda no trimestre baseado no maior volume vendido de celulose e na queda de custos. “Não esperamos ver essas alavancas na Fibria (BOV:FIBR3)”, afirmam.
“Os dois principais fatores determinantes para a receita dos produtores de celulose (preços de celulose e câmbio) continuaram pressionando o crescimento da receita líquida no trimestre”. “Assim, o que deve diferenciar os números operacionais deve ser a eficiência de custos que cada empresa foi capaz de apresentar”.
Já para a Fibria, os analistas preveem resultados lentos, uma vez que os preços da celulose caíram 3% na comparação trimestre e o câmbio permaneceu estável. “Além disso, esperamos que as paradas de manutenção das linhas A e B da Aracruz e da usina Três Lagoas pressionem a linha de custo. A Klabin (BOV:KLBN11) deve “apresentar um crescimento decente embora com um ritmo mais mais do Ebitda no quarto trimestre de 2016″.
• O conselho de administração da Oi (BOV:OIBR3) deve avaliar em 1º de fevereiro, próxima quarta-feira, a segunda proposta do fundo norte-americano Elliot de injetar R$ 9,2 bilhões. Outro ponto a ser apreciado é o plano de recuperação judicial conduzido pela própria diretoria da telefônica, segundo o jornal Valor Econômico. Ainda no noticiário da companhia, a empresa informou em comunicado que a Corte Distrital de Amsterdã adiou sua decisão em relação às audiências sobre os pedidos de conversão dos procedimentos de suspension of payments relativos a cada um dos veículos financeiros da Oi na Holanda. De acordo com a Bloomberg, a Justiça holandesa informou que espera emitir decisão no dia 2 de fevereiro, próxima quinta-feira.
•As seis distribuidoras de eletricidade que a Eletrobras (BOV:ELET6) pretende vender até o fim de 2017 passarão por revisão tarifária após negociadas, em data que poderá ser definida pelo comprador de cada uma das empresas, disse o Ministério de Minas e Energia à Reuters nesta quinta-feira. A revisão estava prevista para acontecer em agosto, mas a pasta informou que o prazo para cumprir esse cronograma era curto e que postergar o processo não afetaria a precificação das empresas pelos possíveis compradores. Portarias que definiam a revisão tarifária para agosto foram revogadas por uma nova portaria do Ministério de Minas e Energia publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira.
Essas distribuidoras estatais operam em Acre, Alagoas, Amazonas, Roraima, Rondônia e Piauí, mas são altamente deficitárias. No ano passado, já com Michel Temer na presidência, o governo autorizou a Eletrobras a não renovar os contratos de concessão e vender as empresas. Nas revisões tarifárias, que acontecem em média a cada quatro anos, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) analisa as estruturas de custos das empresas para definir quanto poderão cobrar dos consumidores, revendo o nível das tarifas.
Segundo o ministério, o novo contrato de concessão dessas distribuidoras, que está em audiência pública promovida pela Aneel, “prevê a possibilidade de revisão tarifária ao longo dos primeiros quatro anos da nova gestão”. Em novembro passado, a Eletrobras vendeu a distribuidora Celg-D em um leilão da BM&Fbovespa. A empresa foi arrematada pela italiana Enel por cerca de 2,2 bilhões de reais.
• O TCU (Tribunal de Contas da União) proibiu novos repasses de recursos públicos à Transnordestina Logística, empresa que administra a ferrovia e é controlada pela siderúrgica CSN (BOV:CSNA3), por parte da Valec Engenharia, Construções e Ferrovias, Fundo de Investimento do Nordeste, Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste, Fundo de Desenvolvimento do Nordeste, BNDES e BNDESPar, disse a companhia em fato relevante. O repasse seria feito para as obras de construção da ferrovia Transnordestina (Malha II). Tão logo seja formalmente intimada, Transnordestina disse que tomará todas as medidas cabíveis para reverter a decisão proferida pelo TCU. A empresa disse que tem prestado todas as informações necessárias relativas ao projeto.
• O conselho de administraçãos da Paranapanema (BOV:PMAM3) aprovou a condução do atual diretor financeiro, Marcos Paletta Camara, ao cargo de diretor presidente da companhia. O cargo será acumulado com o cargo de diretor de relações com investidores. Ele permanecerá como diretor financeiro interino até que ocorra a eleição do substituto.
• A BR Properties (BOV:BRPR3) informou que a RB Capital emitirá CRI lastreado por debêntures. O Conselho da BR Properties aprovou participação em operação de securitização com a RB Capital por meio de oferta pública de CRI, segundo comunicado. O CRI terá como lastro a 6ª emissão de debêntures da BR Properties.
Bolsas Mundiais
A sexta-feira é de cautela para a maior parte das bolsas mundiais, que aguarda os dados econômicos dos EUA, com atenção especial ao PIB do quarto trimestre. Além disso, o mercado fica de olho nos próximos passos a serem dados pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Hoje, ele se encontra com a premiê britânica Theresa May; a libra recua antes da reunião.Vale destacar ainda que, segundo a Reuters, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, deve conversar no sábado com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tendo como foco a Rússia. O peso mexicano, por sua vez, cai pelo 2º dia com escalada na tensão entre governo Trump e México. O presidente americano determinou a construção de um muro na fronteira com o México e afirmou que os mexicanos pagariam pelo muro.
Já na Ásia, o principal índice do continente apresentou fraqueza nesta sexta-feira, em um pregão de volume reduzido com muitos mercados fechados devido ao feriado de Ano Novo Lunar. O índice MSCI, que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, tinha queda de 0,11% às 7:43 (horário de Brasília), mas caminhava para encerrar a semana com alta de 1,85%. Já o índice japonês Nikkei fechou com alta de 0,34%, com a confiança sendo impulsionada pelo fortalecimento do dólar ante o iene diante do otimismo sobre as perspectivas econômicas dos Estados Unidos. Mas os ganhos foram limitados pelas preocupações com as políticas protecionistas do presidente norte-americano. Os mercados chineses não operaram pelo feriado do Ano Novo Lunar, e vão reabrir em 3 de fevereiro. Por isso, até lá, não haverá negociação de minério de ferro nas bolsas ou portos chineses. Já mercado acionário de Hong Kong ficou praticamente estável nesta sexta-feira, quando o pregão fechou ao meio-dia (horário local).
Desempenho dos principais índices:
* FTSE 100 (Reino Unido) -0,02%
* CAC-40 (França) -0,40%
*DAX (Alemanha) -0,17%
*Hang Seng (Hong Kong) -0,06% (fechado)
* Nikkei (Japão) +0,34% (fechado)
*Petróleo brent -0,39%, a US$ 56,02 o barril
Agenda de indicadores
Com a agenda doméstica esvaziada, investidores aguardam a arrecadação federal de impostos, às 10h30. O mercado ainda deve repercutir o corte dos preços de combustíveis pela Petrobras (veja mais no item 5), que deve ter impacto sobre os juros futuros. Vale destacar que, segundo o jornal Valor Econômico, o governo considera possível IPCA abaixo de 4,5% e juro de um dígito em 2017.
O destaque do dia, no entanto, fica com o PIB dos Estados Unidos referente ao quarto trimestre de 2016, que será divulgado às 11h30. Estimativas colhidas pela Bloomberg apontam para altas de 1,8% a 3,3%, com mediana de 2,2%. Se o resultado vier no intervalo previsto, representará uma desaceleração ante o avanço de 3,5% registrado no terceiro trimestre. No mesmo horário, serão revelados os pedidos de bens duráveis nos EUA relativos a dezembro. Às 13h, será a vez da divulgação do sentimento de Michigan de janeiro. Às 16, o novo presidente norte-americano, Donald Trump, concederá uma entrevista coletiva ao lado da primeira-ministra britânica, Theresa May, que está em Washington.
Hoje, o ministro da Fazenda Henrique Meirelles se reúne com pres. da CVM, Leonardo Pereira, às 10h. Já o presidente do BC Ilan Goldfajn tem reunião com Arlindo Vergaças, diretor-executivo da JGP Gestão, à tarde no BC em São Paulo.
Noticiário político
O mercado segue de olho na proximidade da homologação do acordo de delação premiada da Odebrecht. Segundo o STF, a conclusão da homologação da Odebrecht está mais próxima. Cármen Lúcia, presidente do STF, trabalhará até no fim de semana, disse a assessoria do Supremo Tribunal Federal a jornalistas em Brasília. Cármen Lúcia continua conversando com ministros e segue caminho para decisão sobre homologação. Ela só pode homologar sozinha até 31 de janeiro. Os juízes auxiliares de Teori estão trabalhando no mesmo ritmo que estavam antes, afirmou a assessoria, ressaltando que eles estão em contato com Cármen Lúcia a todo momento. A relatoria da Lava Jato deve estar definida até a próxima quarta-feira e Cármen Lúcia está buscando construir a unanimidade dos ministros pelo relator.
Ainda no noticiário político, o jornal O Estado de S. Paulo informa que acuado pela força-tarefa da Lava Jato e seus desdobramentos – Calicute e Eficiência, esta última deflagrada na véspera para prender o empresário Eike Batista -, o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) estuda fazer delação premiada.