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Juro do crédito cai, mas taxa do cheque especial sobe e é a maior desde 1999, diz Anefac

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Após terem ficado estáveis em novembro, as taxas de juros das operações de crédito voltaram a ser reduzidas em dezembro, a segunda redução em dois anos, segundo dados da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). A queda pode ser explicada pelo corte da taxa básica de juros (Selic) promovida pelo Banco Central em suas duas últimas reuniões do Copom e pela expectativa de novas reduções da Selic frente ao recuo da inflação, segundo Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor-executivo de estudos e pesquisas econômicas da Anefac. Essas expectativas já provocaram a queda dos juros futuros no mercado, usados como referência das operações mais longas.

Pessoa Física: especial sobe e rotativo do cartão cai

Das seis linhas de crédito pesquisadas pela Anefac, uma teve sua taxa de juros mantida no mês, o Crédito Direto ao Consumidor (CDC-Bancos-Financiamento de veículos). Uma subiu, justamente o cheque especial, que já não era barato, e quatro tiveram suas taxas de juros reduzidas no mês: financiamentos do comércio, cartão de crédito rotativo, empréstimo pessoal nos bancos e empréstimo pessoal nas financeiras.

A taxa de juros média geral para pessoa física apresentou uma redução de 0,04 ponto percentual no mês (1,14 ponto percentual no ano) correspondente a uma redução de 0,49% no mês (0,72% em doze meses) passando de 8,20% ao mês (157,47% ao ano) em novembro para 8,16% ao mês (156,33% ao ano) em dezembro , sendo esta a menor taxa de juros desde agosto do ano passado.

Cartão rotativo cai para 15,33% ao mês

Os juros do comércio para pessoas físicas caíram de 5,90% ao mês (98,95% ao ano) em novembro para 5,88% ao mês (98,50% ao ano) em dezembro. Já no cartão de crédito, a taxa do rotativo caiu de 15,43% ao mês (459,53% ao ano) em novembro para 15,33% ao mês (453,74% ao ano) em dezembro. A redução ocorreu antes, porém, das medidas anunciadas pelo governo para tentar baixar a taxa do cartão de crédito, e que estabelece um limite para o uso do rotativo, depois do qual a dívida vira um financiamento.

Juro do cheque especial é o maior desde março de 1999

Já o cheque especial subiu, de 12,56% ao mês (313,63% ao ano) em novembro para 12,58% ao mês (314,51% ao ano) em dezembro/2016, a maior desde março de 1999, que atingiu 13,30% ao mês, ou 347,46% ao ano.

No caso do crédito direto ao consumidor dos bancos para financiamento de automóveis, a taxa ficou estável em 2,32% ao mês (31,68% ao ano) em dezembro, a menor desde julho do ano passado. O juro é menor por causa da garantia do bem no financiamento, que pode ser retomado para quitar parte da dívida.

TAXA DE JUROS PARA PESSOA FÍSICA

LINHA DE CRÉDITO NOVEMBRO 2016 DEZEMBRO 2016 VARIAÇÃO VARIAÇÃO
TAXA MÊS TAXA ANO TAXA MÊS TAXA ANO % PONTOS PERCENTUAIS
Juros comércio 5,90% 98,95% 5,88% 98,50% -0,34% -0,02
Cartão de crédito 15,43% 459,53% 15,33% 453,74% -0,65% -0,10
Cheque especial         12,56% 313,63% 12,58% 314,51% 0,16% 0,02
CDC – bancos- financiamento de automóveis 2,32% 31,68% 2,32% 31,68% 0% 0
Empréstimo pessoal-bancos 4,62% 71,94% 4,58% 71,15% -0,87% -0,04
Empréstimo pessoal-financeiras 8,35% 161,79% 8,29% 160,05% -0,72% -0,06

 

TX MÉDIA

 

8,20% 157,47% 8,16% 156,33% -0,49% -0,04

Fonte: Anefac

Empréstimo Pessoal Bancos

Houve uma redução de 4,62% ao mês (71,94% ao ano) em novembro para 4,58% ao mês (71,15% ao ano) em dezembro no empréstimo pessoal dado pelos bancos sem destinação específica. Já nas financeiras, o empréstimo pessoal caiu de 8,35% ao mês (161,79% ao ano) para 8,29% ao mês (160,05% ao ano). Ambas são as menores taxas desde fevereiro do ano passado.

Já no crediário de lojas, com exceção do segmento de financiamento de veículos, que manteve inalterada sua taxa, todos os demais setores reduziram suas taxas de juros no mês.

Com isso, a taxa média para pessoa física recuou de 8,20% ao mês (157,47% ao ano) em novembro para 8,16% ao mês (156,33% ao ano) em dezembro/2016, a menor desde agosto, segundo a Anefac.

Pessoa Jurídica, todas caíram

Das três linhas de crédito pesquisadas pela Anefac, todas foram reduzidas no mês. A taxa de juros média geral para pessoa jurídica apresentou uma redução de 0,08 ponto percentual no mês (1,61 ponto percentual no ano) correspondente a uma redução de 1,66% no mês (2,12% em doze meses) passando de 4,82% ao mês (75,93% ao ano) em novembro/2016 para 4,74% ao mês (74,32% ao ano) em dezembro , sendo esta a menor taxa de juros desde julho do ano passado.

Capital de giro e desconto

No capital de giro, houve uma redução de 2,67% ao mês (37,19% ao ano) para 2,62% ao mês (36,39% ao ano) em dezembro sobre novembro, segundo a Anefac. A taxa de capital de giro em dezembro é a menor desde janeiro do ano passado. No desconto de duplicatas, houve uma redução de 3,29% ao mês (47,47% ao ano) para 3,19% ao mês (45,76% ao ano).

Conta garantida

A conta garantida, cheque especial das empresas, teve uma redução de 8,50% ao mês (166,17% ao ano) para 8,42% ao mês (163,82% ao ano), a menor desde setembro. Na média as empresas passaram a pagar menos juros, de 4,82% ao mês (75,93% ao ano) em novembro para 4,74% ao mês (74,32% ao ano) em dezembro, a menor desde julho.

Empréstimos x Selic

Considerando todas as elevações e reduções da taxa básica de juros promovidas pelo Banco Central desde março de 2013 até dezembro de 2016, houve uma elevação da Selic de 6,50 pontos percentuais (ou 89,66% da taxa), de 7,25% ao ano para 13,75%.

Neste período a taxa de juros média para pessoa física apresentou uma elevação de 68,36 pontos percentuais (elevação de 77,71%), de 87,97% ao ano em março de 2013 para 156,33% ao ano em dezembro de 2016.

Nas operações de crédito para pessoa jurídica, a elevação foi de 30,74 pontos percentuais (ou 70,54% da taxa) de 43,58% ao ano em março de 2013 para 74,32% ao ano em dezembro de 2016.

Perspectiva de novas quedas

A partir de outubro de 2016, o Banco Central começou a flexibilizar sua politica monetária com a redução da taxa básica de juros, observa Oliveira. Tendo em vista a melhora das expectativas quanto à redução da inflação bem como na melhora fiscal, ele espera novas reduções da taxa básica de juros, o que reduz o custo de captação dos bancos, possibilitando novas reduções das taxas de crédito.

Ele alerta, porém, que, tendo em vista o cenário econômico atual, que aumenta o risco de elevação dos índices de inadimplência por conta da recessão econômica em curso, bem como o desemprego elevado, aumenta igualmente o risco de novas elevações das taxas de juros aos consumidores sejam pessoa física ou jurídica.

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