As aplicações no Tesouro Direto, sistema de venda de papéis do governo federal pela internet, totalizaram R$ 2,47 bilhões em janeiro, maior valor da série histórica. Também foram recordes no mês passado o total de 221.316 operações de investimento e o aumento de 21.632 no número de investidores ativos. A alta reflete a expectativa de queda nos juros, que torna mais atraente papéis de prazo mais longo com taxas prefixados ou papéis indexados à inflação com juros reais fixos.
Os títulos mais demandados pelos investidores foram os indexados ao IPCA (Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais), cuja participação no volume total de investimentos atingiu 49,8%. Os títulos indexados à taxa Selic (Tesouro Selic) corresponderam a 25,7% do total e os prefixados (Tesouro Prefixado e Tesouro Prefixado com Juros Semestrais), a 24,5%.
O total de investidores ativos alcançou assim a marca de 423.431, o que representa um crescimento de 70,9% nos últimos 12 meses. Já o acréscimo mensal da base de investidores cadastrados foi de 72.591, para um total de 1.198.803, um aumento de 84% nos últimos 12 meses.
Os resgates totalizaram R$ 2,21 bilhões em janeiro, sendo R$ 1,49 bilhão relativo aos vencimentos de títulos e R$ 720 milhões às recompras.
Em relação ao prazo, 10,3% dos investimentos ocorreram em títulos com vencimentos acima de 10 anos. As aplicações em títulos com prazo entre 5 e 10 anos representaram 36,8% e as com prazo entre 1 e 5 anos, 52,9% do total.
O valor médio por operação de investimento no TD foi de R$ 11.180,81 no período. A maior parte dessas operações (71,3%) é relativa a aplicações de até R$ 5.000,00, o que reforça a utilização do Tesouro Direto por pequenos investidores.
Estoque de R$ 41,7 bi
O estoque do Tesouro Direto, por sua vez, alcançou o montante de R$ 41,7 bilhões, crescimento de 1,6% em relação ao mês anterior (R$ 41,1 bilhões) e de 55,9% sobre janeiro de 2016 (R$ 26,8 bilhões). Os títulos remunerados por índices de preços respondem pelo maior volume no estoque, alcançando 64,1%. Na sequência aparecem os títulos indexados à taxa Selic, com participação de 20,6%, e os títulos prefixados, com 15,3%.
A maior parte do estoque, 53,8%, é composta por títulos com vencimento entre 1 e 5 anos. Os títulos com prazo entre 5 e 10 anos correspondem a 20,3% e os com vencimento acima de 10 anos, a 16,6% do total. Uma parcela de 9,4% dos títulos vence em até 1 ano.
Para aplicar no Tesouro Direto, basta abrir uma conta em uma corretora de valores, o que pode ser feito pela internet. A escolha dos papéis vai depender do tempo que o investidor pode deixar o dinheiro aplicado e sua finalidade, se para aposentadoria ou para ser gasto em um prazo mais curto. A aplicação tem custos, da corretora, que em alguns casos isenta o investidor de sua taxa anual de administração ou corretagem, e da BM&FBovespa, que cobra 0,30% por ano pela custódia (guarda) dos papéis. O site do Tesouro Direto tem uma lista de corretoras e suas tarifas, bem como os papéis e suas taxas e a descrição de cada título.
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