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Contas externas têm déficit de US$ 5 bi em janeiro; brasileiro gasta 88% mais no exterior

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As contas externas iniciaram este ano com déficit de US$ 5,085 bilhões, de acordo com dados do Banco Central (BC) divulgados hoje. Em janeiro de 2016, o saldo negativo das transações correntes – compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do país com o mundo – foi menor, tendo ficado em US$ 4,817 bilhões.

No balanço das transações correntes, a conta de renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) apresentou saldo negativo de US$ 5,344 bilhões, no mês passado.

A conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros, entre outros) contribuiu para o resultado negativo com US$ 2,419 bilhões.

A conta de renda secundária (gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) apresentou resultado positivo de US$ 174 milhões.

A balança comercial contribuiu para reduzir o déficit das contas externas, ao apresentar superávit de US$ 2,504 bilhões.

Gastos de brasileiros no exterior crescem 87,95%

Os gastos de brasileiros no exterior ficaram em US$ 1,578 bilhão em janeiro deste ano, informou hoje (17) o Banco Central (BC). O resultado é 87,95% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando os brasileiros gastaram US$ 840 milhões.

Já as receitas de estrangeiros em viagem no Brasil não variaram tanto do ano passado pra cá. Em janeiro deste ano, as receitas ficaram em US$ 664 milhões, contra US$ 650 milhões registrados em janeiro de 2016.

Com esses resultados das despesas de brasileiros no exterior e as receitas de estrangeiros no Brasil, a conta de viagens internacionais ficou negativa em US$ 914 milhões, no mês passado.

Quando o país tem déficit nas contas externas, é preciso financiar esse resultado negativo com investimentos estrangeiros ou tomar dinheiro emprestado no exterior. O investimento direto no país (IDP), recursos que entram no Brasil e vão para o setor produtivo da economia, é considerado a melhor forma de financiar por ser de longo prazo.

Investimento direto de US$ 11,5 bi

No mês passado, o IDP chegou a US$ 11,528 bilhões e foi mais do que suficiente para cobrir todo o déficit em transações correntes.

Em janeiro deste ano, o país também registrou entrada de investimento em ações negociadas em bolsas de valores no Brasil e no exterior e em fundos de investimento, no total de US$ 962 milhões.

O BC registrou ainda entrada líquida de investimento em títulos negociados no país de US$ 502 milhões, no mês passado.

As informações são da Agência Brasil.

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