A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) avalia que a redução da taxa de juros deve ser acompanhada por medidas estruturais “que reequilibrem a situação fiscal do país e possibilitem o aumento da produtividade da economia”. A entidade acredita que são urgentes “a aprovação da reforma da Previdência e o reequilíbrio das contas públicas estaduais”.
A entidade divulgou em nota que já era esperada a queda, pela quarta vez consecutiva, da taxa básica de juros Selic, “à medida que as estatísticas reforçam o quadro de queda da inflação e atividade ainda no campo recessivo”. A Selic caiu hoje (22) de 13% para 12,25% ao ano, um corte de 0,75 ponto percentual.
Fecomércio
A Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) aponta também para a necessidade de reformas que “permitirão situação fiscal mais favorável”. Aliadas a uma inflação mais baixa, essas reformas, sustenta a entidade, abrem espaço para a continuidade da trajetória de queda dos juros.
Em nota, a Fecomércio-RJ defendeu a redução dos juros no país. “Mesmo em meio aos recentes cortes na Selic, dados do Banco Central apontam que em 2016 houve encarecimento do crédito e aumento do spread bancário [diferença entre a taxa de captação paga pelos bancos e a taxa cobrada dos clientes] – para pessoas físicas [5,3 ponto percentual] e jurídicas [1,2 p.p.]. O corte das taxas de juros, ao reduzir o custo da tomada do crédito, é fundamental para a retomada do consumo, do investimento, do emprego e atividade econômica”, conclui a nota.