O Ibovespa fechou em forte alta nesta quarta-feira e passou dos 67 mil pontos pela primeira vez em quase cinco anos, em sessão de ganhos de ações de bancos entre as principais influências positivas. O pregão foi marcado ainda por vencimento de opções (ações negociadas no mercado futuro).
Ibovespa Hoje
O Ibovespa fechou em alta de 1,89% nesta quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017, cotado em 67.975,58 pontos.
Este é o maior nível de fechamento em quase cinco anos. Em 14 de março de 2012, a Bovespa terminou o dia a 68.257,22 pontos.
A alta desta quarta-feira foi influenciada, principalmente, pelo desempenho positivo das ações do Itaú Unibanco, que saltaram 4,20%, do Bradesco (+2,16%), do Banco do Brasil (+1,21%) e da Petrobras (+0,30%). Por outro lado, os papéis da mineradora Vale tiveram baixa (-1,69%). Essas empresas têm grande peso sobre o Ibovespa.
Ibovespa em Fevereiro
Em fevereiro, após onze pregões, o principal índice de ações brasileiro acumula uma valorização de 5,11%. Ao longo do mês, foram realizados oito pregões de alta contra três de baixa. No pregão do dia 31 de janeiro, o indicador encerrou cotado em 64.670,78 pontos.
Ibovespa em 2017
Em 2017, após trinta e dois pregões, o Ibovespa acumula uma valorização de 12,87%. No último pregão de 2016, o principal índice acionário do país fechou cotado em 60.227,29 pontos. Ao longo do ano, foram registrados onze pregões de baixa contra vinte e um de alta.
Cenário Externo
No exterior, investidores continuaram especulando sobre o juros nos Estados Unidos. Na última terça-feira, a presidente do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos EUA, Janet Yellen, disse que a taxa de juros pode subir em uma das próximas reuniões do órgão. Ela acrescentou ainda, durante audiência no Senado norte-americano, que adiar aumentos dos juros seria insensato.
Juros mais altos nos EUA podem atrair para lá recursos atualmente aplicados em economias onde as taxas são maiores, como a brasileira. Com isso, a tendência seria de baixa do Ibovespa por aqui.
Cenário Interno
Investidores ficaram otimistas em relação ao cenário político brasileiro. Na véspera, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Celso de Mello decidiu manter Moreira Franco como ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, devolvendo o foro privilegiado ao peemedebista, que já foi citado em delações na operação Lava Jato.
A decisão foi vista pelo mercado como demonstração de força do governo do presidente Michel Temer e que pode facilitar a aprovação de importantes reformas, como a da Previdência e a trabalhista.