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Fed consolida aposta do mercado em juro mais alto nos EUA neste mês

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A perspectiva de que a reunião do comitê de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) neste mês resultará num aumento das taxas de juros do país ganhou força na semana passada, embalada por uma onda de comentários favoráveis a esse cenário vindos de autoridades da própria instituição.

As apostas de elevação dos juros em março começaram na terça-feira após o presidente da regional do Fed em Nova York, William Dudley, afirmar que as taxas devem subir num futuro “relativamente próximo”. Ele possui voto no comitê de política monetária do Fed, assim como Patrick Harker, do Fed da Filadélfia, que defendeu juros mais altos se a economia dos Estados Unidos continuar caminhando em direção ao pleno emprego e a uma inflação de 2% ao ano.

Jerome Powell, um dos diretores do Fed, que também pode votar na reunião de política monetária, disse que os argumentos favoráveis para juros mais altos em março se consolidaram. O presidente da regional de São Francisco do Fed, John Williams, que não tem direito a voto, também se manifestou ao dizer que a alta de juros em março está sob “séria consideração”.

Na sexta-feira, a presidente do Fed, Janet Yellen, fez um reforço final desta mensagem ao mercado, visto que o banco central entrou em período de silêncio e nenhuma das autoridades poderá comentar a respeito da política monetária nos próximos dias. Segundo ela, um aumento de juros em breve seria apropriado se a economia dos Estados Unidos continuar melhorando.

Os dados divulgados até agora sugerem que esta condição para a alta dos juros será atendida. O índice de preços dos gastos com consumo, um dos indicadores preferidos do Fed para medir a inflação, acelerou para 1,9% nos 12 meses até janeiro, segundo os dados mais recentes – taxa bem próxima à meta de 2% buscada pelo banco central.

O mercado de trabalho também segue forte e na sexta-feira, quando o governo norte-americano publica os dados sobre criação de vagas (payroll) e a taxa de desemprego, pode haver confirmação de que esse cenário permanece.

O aperto da política monetária dos Estados Unidos, porém, só deve acontecer efetivamente a partir do momento em que o Fed começar a reduzir o próprio balanço – algo que foi defendido na semana passada por James Bullard, presidente da regional do banco central em Saint Louis.

Durante a crise financeira, o Fed comprou títulos de dívida do governo dos Estados Unidos (Treasuries) e títulos de dívida hipotecária na tentativa de injetar dinheiro na economia e, com isso, proporcionar um estímulo monetário ao crescimento, com redução das taxas de juros de curto, médio e de longo prazo.

Esse tipo de intervenção fez com que o balanço do banco central norte-americano saísse de US$ 869 bilhões em agosto de 2007 para cerca de US$ 4,4 trilhões no final de 2014. Para evitar que o estímulo diminuísse conforme os títulos de dívida fossem vencendo, o Fed decidiu reinvestir tanto os juros quanto o principal desses papéis em novos títulos, o que manteve o balanço da instituição nesses níveis até hoje.

Segundo Bullard, que neste ano não tem direito a voto no comitê de política monetária, o Fed deveria deixar de fazer esses reinvestimentos e permitir uma redução gradual no balançoagora, durante um período relativamente bom para a economia, caso seja necessário recorrer a este tipo de estímulo no futuro.

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