Fique de olho: Deputados querem mudar idade mínima na Previdência; Trump, conta de luz, telefone, China

Folha: metade dos deputados da comissão da Previdência é contra idade mínima de 65 anos

Metade dos integrantes da comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa a reforma da Previdência é contra a exigência de idade mínima de 65 anos para aposentadoria, como propõe o texto enviado pelo governo, segundo levantamento feito pelo jornal Folha de S.Paulo. O ponto é o mais importante da reforma e pode comprometer o esforço fiscal do governo nos próximos anos. Além disso, o levantamento mostrou que sete defendem idades inferiores a 65 anos. A maioria, 34 dos 36 integrantes da comissão, disseram que são necessárias mudanças na reforma. Entre os pontos, 22 disseram não concordar com a igualdade de condições entre homens e mulheres (13 concordam), 25 querem mudar o cálculo da aposentadoria que prevê 49 anos de contribuição (6 aceitam a proposta), 26 não concordam com as regras de transição para mulheres com 45 anos e homens com 50 anos ou mais e 25 querem alterara as regras do benefício assistencial por idade, que exigiria 70 anos. A pesquisa é preocupante pois, se for desfigurada, especialmente na questão da idade mínima, a reforma da Previdência pode fracassar e levar junto o ajuste fiscal de longo prazo proposto pelo governo.

Petrobras reduz preço dos combustíveis

A Petrobras anunciou na noite de sexta-feira a redução no preço do diesel nas refinarias em 4,8%, em média, e da gasolina em 5,4%, em média. Os novos valores começaram a valer no sábado, 25 de fevereiro. A decisão é explicada principalmente pelo efeito da valorização do real desde a última revisão de preços, pela redução no valor dos fretes marítimos e ajustes na competitividade da Petrobras no mercado interno. Se o ajuste feito hoje for integralmente repassado e não houver alterações nas demais parcelas que compõem o preço ao consumidor final, o diesel pode cair 3% ou cerca de R$ 0,09 por litro, em média, e a gasolina 2,3% ou R$ 0,09 por litro, em média. Os mercados devem reagir hoje à medida e os investidores podem aproveitar para vender as ações da empresa para embolsar os lucros.

Ligações de fixo para celular vão ficar mais baratas

As chamadas locais e interurbanas de telefones fixos para móveis ficaram mais baratas a partir de sábado. A redução das ligações locais vai variar entre 16,49% e 19,25%. Já para as chamadas interurbanas, a queda dos valores será de 7,05% a 12,01%. Estão previstas novas reduções das tarifas cobradas dos consumidores em 2018 e 2019. A queda vai acontecer por conta da redução das tarifas de interconexão, pagas pelas empresas que utilizam a rede de outro grupo. O cálculo das tarifas é feito pela Anatel utilizando o “Modelo de Custo”, que permite verificar com mais precisão os custos das empresas com equipamentos e estrutura administrativa.

Contas de luz mais caras com bandeira amarela

As contas de luz voltarão a ter cobrança adicional em março. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu que as faturas de energia terão a bandeira amarela neste mês. O sistema de bandeiras é atualizado mensalmente pela Aneel. A amarela adiciona na conta R$ 2 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos. Segundo a Aneel, a previsão de chuvas para março ficou abaixo das expectativas, o que levou à necessidade de acionar mais termoelétricas para abastecer o país. Assim, será possível poupar água dos reservatórios das hidrelétricas. A agência informou que em março será preciso ligar termoelétricas com custo acima de R$ 211,28 por megawatt-hora (MWh). Quando o custo da última térmica acionada supera esse valor e fica abaixo de R$ 422,56 por MWh, a Aneel aplica a bandeira amarela. O custo será de R$ 279,01 por MWh, segundo relatório do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Segundo a LCA Consultores, o acionamento da bandeira amarela em março irá incrementar as contas de luz dos consumidores das regiões pesquisadas pelo IBGE para o IPCA em 4,5%.

PIB americano subiu 1,9% no quarto tri, puxado por gastos das famílias

A segunda estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos repetiu o resultado anterior, com crescimento de 1,9% anualizados. O número, porém, ficou abaixo das estimativas do mercado, que trabalhava com alta de 2,1%. Entretanto, a composição do crescimento mostrou maiores gastos do consumo das famílias (de 2,5% ao ano para 3,0% na primeira prévia) tanto de bens, como de serviços. Já as empresas investiram menos que o estimado inicialmente: 1,3% anualizados, , contra 2,4% a.a. Os gastos do governo também avançaram num ritmo menor (0,4%, contra 1,2% na prévia anterior). Desta forma, a demanda doméstica manteve o seu crescimento de 2,5% ao ano. Já o consumo das famílias americanas recuou 0,3% em janeiro sobre dezembro, quando ajustado pela inflação. Assim, a sua média móvel trimestral se desacelerou na passagem de dezembro para janeiro: para 2,5% ao ano, de 3,0%  em dezembro e novembro. O recuo foi generalizado: bens -0,3% e serviços -0,2%. Já o deflator dos gastos do consumidor (PCE) subiu 1,9% em12 meses em janeiro, contra 1,6% em dezembro e 1,3% em novembro. Essa aceleração foi resultante do aumento de 4,1% dos preços do Grupo Energia. Já o núcleo deste deflator manteve o ritmo observado em dezembro: 1,7% em 12 meses.

Trump fala mais manso no Congresso, mas não dá detalhes de pacote econômico

O presidente americano Donald Trump amenizou seu discurso contra os imigrantes e a oposição em seu primeiro pronunciamento no Congresso dos EUA desde a eleição. Antes do discurso, Trump falou a jornalistas que pode mudar a proposta de expulsar os imigrantes ilegais que tenham cometido crimes leves, sugerindo uma reforma da lei de imigração “verdadeira e positiva”. O presidente defendeu em seu discurso a “imigração por mérito”, citando o Canadá e a Austrália. Trump voltou a falar em reduzir impostos e incentivar a economia, mas não deu novamente detalhes das propostas. De concreto, ele sugeriu aumentar em US$ 54 bilhões os gastos militares, cortando recursos em outras áreas.

PMIs da indústria da Europa abaixo do esperado

Os Índices de Gerentes de Compras (PMI) industriais da zona do euro e do Reino Unido vieram abaixo do esperado. O PMI do setor industrial da zona do euro subiu para 55,4 em fevereiro, ante os 55,2 em janeiro. O resultado ficou abaixo da previsão de mercado que apontava para 55,5. Já o PMI Industrial do Reino Unido registrou perdas maiores, ficando em 54,6, ante os 55,9 no mês anterior. As projeções de mercado eram para uma queda menor do PMI Industrial do Reino Unido, para 55,6.

Preços ao consumidor surpreendem na Alemanha

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) na Alemanha subiu mais que o esperado no mês passado. O IPC avançou 2,2% em fevereiro em 12 meses. No comparativo mensal, houve alta de 0,6% sobre janeiro. A taxa de desemprego, com ajuste sazonal, permaneceu dentro das estimativa e igual ao mês anterior, em 5,9% em fevereiro.

PMIs da China sobem mais que o esperado

O PMI oficial da indústria da China subiu para 51,6 em fevereiro, ante 51,3 em janeiro, marcando o sétimo mês consecutivo de aumento e surpreendendo o mercado, que esperada estabilidade. Também o PMI industrial (não-oficial) da China, divulgado pelo Markit, subiu para 51,7 em fevereiro, ante 51,0 em janeiro, ficando no oitavo mês seguido de expansão. Já o PMI de serviços apresentou recuo para 54,2 em fevereiro, ante 54,6 em janeiro. Os dados melhores pressionaram os preços das commodities metálicas hoje, com exceção do minério de ferro, que ficou estável.

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