A taxa de juros do rotativo do cartão de crédito recuou em fevereiro e chegou a 15,80% ao mês (481,5% ao ano), após atingir o recorde de 15,90% (486,8% ao ano) em janeiro, informou hoje o Banco Central (BC). O rotativo é o crédito tomado quando o consumidor paga menos que o valor integral da fatura do cartão. A alta ocorreu apesar das medidas do BC para limitar o uso do rotativo, que a partir de abril só poderá ser usado por um mês, sem renovação. Vários bancos anunciaram cortes nos juros do rotativo em março, número que deve aparecer na pesquisa do mês que vem.
Já a taxa do crédito parcelado subiu 1,6 ponto percentual e ficou em 163,5% ao ano, ou 8,41% ao mês. A alta pode indicar que os bancos estavam puxando os juros do parcelado, que passará a ser mais usado após o fim do rotativo, como forma de compensar a redução nos ganhos com as taxas de juros mais altas.
A taxa do cheque especial caiu 1,3 ponto percentual, para 327% ao ano, de janeiro para fevereiro.
Juros médios de 4,7% para famílias
A taxa média de juros para as famílias ficou em 73,2% ao ano, em fevereiro, com alta de 0,5 ponto percentual em relação a janeiro.
A inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90 dias, para pessoas físicas ficou em 5,9%, com queda de 0,1 ponto percentual.
A taxa de inadimplência das empresas caiu 0,2 ponto percentual para 5,2%. A taxa média de juros cobrada das pessoas jurídicas caiu 0,1 ponto percentual para 28,7% ao ano.
Esses dados são do crédito livre em que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros.
No caso do crédito direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura), a taxa de juros para pessoas físicas foi reduzida em 1,3 ponto percentual para 9,1% ao ano. A taxa cobrada das empresas caiu 1,6 ponto percentual para 10,9% ao ano. A inadimplência das famílias subiu 0,2 ponto percentual para 2% e das empresas aumentou 0,1 ponto percentual para 1,9%.
Hoje, o Banco Central divulgou os dados de crédito de fevereiro, com uma queda de 3,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, para R$ 3,1 tri, ante -3,9% em janeiro. O crédito como percentual do PIB passou de 48,9% para 48,7%, com perda de participação dos bancos públicos no total (de 55,9% para 55,8%). Novamente, tanto bancos públicos como privados contribuíram negativamente para a variação do crédito
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Para a MCM Consultores, embora os dados de crédito referentes a fevereiro corroborem o encolhimento do mercado, os resultados são menos negativos na comparação mensal. No caso das famílias, já é possível observar certa recuperação das concessões de financiamentos imobiliários, diz a consultoria. Mesmo em meio a um cenário de atividade fraca e mercado de trabalho em deterioração, a inadimplência segue estável, devido em maior parte à habilidade das instituições financeiras em renegociar dívidas.
Com informações da Agência Brasil.
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