O dólar subiu forte hoje e chegou a R$ 3,17 após avançar 1,65%. A moeda disparou contra o real com a consolidação das apostas de aumento de juro nos EUA na próxima reunião do Federal Reserve em 15 de março. Um indicador publicado hoje sobre o mercado de trabalho do país em fevereiro reforçou essa visão. Rumores sobre o aumento de impostos em operações financeiras também influenciaram.

Leia também: O dólar mudou de tendência?

O ADP Employment Report, que é lido como uma prévia do Relatório de Emprego oficial na sexta-feira, apresentou a criação de 298 mil novos postos de trabalho em fevereiro. O número veio muito acima do esperado, que era de 180 mil vagas. O consenso do mercado para o indicador oficial é de 210 mil vagas.

O Fundo Verde, do aclamado gestor Luis Stuhlberger, disse hoje em uma carta mensal que montou uma pequena posição comprada em dólar, “pois vemos o real sobrevalorizado nos níveis atuais, embora a força dos preços de commodities até aqui venha nos surpreendendo”, explica a gestora.

Reversão positiva

Para o analista Victor Benndorf da Benndorf Research, o dólar apresenta uma reversão positiva de curto prazo após romper a resistência projetada nos R$3,11. “Apesar do movimento positivo, queremos aguardar por novos sinais de força nos próximos dias para ‘sacramentar’ uma nova tendência de alta e assumir estratégias mais agressivas”, avalia.

Segundo ele, contudo, este é o momento para assumir uma postura “mais compradora” nos mini contratos de dólar (WDOJ17) e de “buscar alguma algumas oportunidades de trading através das exportadoras”. Benndorf cita a Suzano como um exemplo e que consta em sua carteira de março como a única recomendação “comprada”.