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PMI Industrial do Brasil sobe para 49,6 em março, recorde em 25 meses

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Em março, as indústrias no Brasil registraram os primeiros aumentos no volume de produção e de registros de pedidos em 26 meses, de acordo com dados da Pesquisa de Gerentes de Compras (PMI) calculado pela consultoria Markit. O índice básico registrou 49,6 em março, um recorde de alta em 25 meses, acima do valor de 46,9 observado em fevereiro. A melhora do PMI refletiu um retorno ao crescimento dos volumes de novas encomendas e de produção, além de reduções mais brandas nos estoques de compras e nos números de funcionários.

A recuperação nos pedidos foi sustentada por uma demanda mais forte do exterior, com o volume de novos negócios para exportação aumentando também, diz o relatório da Markit. Contudo, os dados da pesquisa continuaram a indicar capacidade ociosa, assim como perdas de empregos e uma contração adicional nos níveis de compra.

Ainda abaixo de 50

Apesar da melhora, ao permanecer abaixo da marca crucial de 50,0, o que ainda indica retração, o PMI, sazonalmente ajustado, indicou mais uma deterioração nas condições operacionais do setor como um todo.

Aumento da produção

A produção aumentou em março, pondo fim a uma sequência de 25 meses de redução. A taxa de expansão foi modesta no geral, mas a mais rápida em quatro anos. Além disso, foi observado um crescimento em cada uma das três principais áreas do setor industrial, liderada pela de bens de consumo.

A melhoria nos níveis de novos pedidos recebidos pelas empresas foi sustentada pela recuperação no volume de produção. De um modo geral, a quantidade de novos pedidos cresceu ligeiramente em março, tendo-se contraído em todos os 25 meses anteriores. O volume de novos negócios para exportação também cresceu, mas a um ritmo marginal.

Otimismo com o próximo ano

Os entrevistados da pesquisa indicaram que o volume de produção deverá aumentar durante o próximo ano, com mais de dois terços das empresas se revelando otimistas em relação à perspectiva de negócios. Novos projetos em andamento, planos de investimentos de capital, esperanças de uma recuperação econômica e previsões de uma demanda mais forte proveniente de clientes do exterior foram algumas das razões citadas pelas empresas como sendo fatores prováveis apoiando o crescimento.

Redução de estoques

Os fabricantes brasileiros continuaram a reduzir seus estoques de mercadorias como parte de iniciativas contínuas para liberar capital de giro. Os estoques de pré-produção e de produtos finais diminuíram em março, embora a taxas mais fracas em 14 meses. Ao mesmo tempo, os níveis de compra caíram novamente, mas a taxa de redução foi a mais lenta observada desde o início de 2015.

Capacidade ociosa e demissões

Os dados de março indicaram uma capacidade ociosa entre os produtores de mercadorias, devido à queda contínua e acentuada na quantidade de pedidos pendentes. Ao mesmo tempo, o número de funcionários diminuiu pelo 25º mês consecutivo. Mas a taxa de corte de empregos se atenuou, atingindo o seu ponto mais baixo em um ano e meio.

Aumento de custos

A desvalorização do real em relação ao dólar americano, somada aos aumentos de preços das mercadorias básicas no âmbito global, levou a um novo aumento nos custos de insumos das empresas, com a taxa de inflação se revelando acentuada e bem acima da sua média de longo prazo.

Algumas empresas repassaram aos seus clientes parte do aumento de custos, resultando em outro aumento mensal nos preços médios de venda. No entanto, a taxa de inflação de preços cobrados atingiu um recorde de baixa de três meses.

Recuperação hesitante

Para Pollyanna De Lima, economista da IHS Markit e autora do relatório, os dados do PMI para março mostraram sinais hesitantes de recuperação no setor industrial brasileiro. As empresas se beneficiaram dos níveis crescentes encomendas e responderam com uma aceleração da produção. Em ambos os casos, as expansões foram as primeiras observadas em mais de dois anos.

Embora a recuperação da produção industrial seja uma notícia bem-vinda, ainda é muito cedo para se afirmar que o retorno ao crescimento econômico será sustentado nos próximos meses, diz a economista. Com os números de funcionários continuando a diminuir, é provável que, na melhor das hipóteses, a demanda básica seja tímida no curto prazo.

Um incentivo que as empresas têm para aumentar mais ainda a produção é a necessidade de repor estoques. Os estoques de matérias-primas e de produtos acabados têm se mantido baixos em todos os meses desde janeiro de 2015. Em muitos casos, as evidências indicaram que isso se refletiu em iniciativas para liberar capital de giro. “É provável que o cenário mude se as empresas estiverem confiantes de que o pior da recessão tenha passado”, conclui Pollyanna.

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