ADVFN Logo ADVFN

Não encontramos resultados para:
Verifique se escreveu corretamente ou tente ampliar sua busca.

Tendências Agora

Rankings

Parece que você não está logado.
Clique no botão abaixo para fazer login e ver seu histórico recente.

Hot Features

Registration Strip Icon for pro Negocie como um profissional: Aproveite discussões em tempo real e ideias que movimentam o mercado para superar a concorrência.

CVM abre mais processos contra JBS por suspeita de insider nos mercados de ações e dólar

LinkedIn

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu hoje novos processos contra a JBS. As investigações se somam a outras seis que apuram irregularidades na empresa no órgão. Três delas foram abertas em apenas uma semana, nos dias 12, 17 e 18 deste mês.

Os processos instaurados hoje investigam indícios de eventual prática do crime de insider trading, detectados em operações realizadas no mercado de dólar futuro e em negócios com ações de emissão da JBS realizados no mercado à vista, bem como analisa a atuação da companhia no mercado de dólar futuro, informou a CVM. Insider trading é a negociação de valores mobiliários baseada no conhecimento de informações relevantes que ainda não são de conhecimento público, com o objetivo de auferir lucro ou vantagem no mercado.

Há informações de que o grupo J&F – que controla a JBS – operou no mercado financeiro para lucrar com os efeitos da delação premiada de seus controladores, que veio à tona ontem (18) e levou à forte queda na Bolsa de Valores e alta de 7,9% do dólar.

Em outros dois processos, também movidos nesta sexta-feira, é investigada a atuação do Banco Original, controlado pela J&F Participações, no mercado de derivativos; e analisadas negociações do acionista controlador da JBS, a FB Participações S.A., com ações de emissão da companhia.

A JBS é alvo da Operação Lava Jato e de outras operações deflagradas pela Polícia Federal para investigar possíveis desvios, pagamentos de propina e fraudes na liberação de recursos públicos.

Monitoramento

A Assessoria de Análise Econômica e Gestão de Riscos da CVM tem monitorado os principais indicadores de mercado e possíveis impactos sobre as atividades das companhias fiscalizadas, incluindo exposição da indústria de fundos a ativos afetados pelas últimas movimentações de mercado.

Benefícios no dólar

Há indícios não confirmados de que a JBS teria se beneficiado da alta do dólar que ocorreu ontem horas depois da divulgação de gravação feita por um dos controladores da empresa, Joesley Batista, na qual, segundo ele, o presidente Michel Temer dá aval para pagamentos ao ex-deputado Eduardo Cunha. Em pronunciamento, Temer negou as acusações, pediu investigação rápida e disse que não renunciará.

Indicação do presidente da CVM

Em outro trecho da gravação, o dono da JBS fala ao presidente sobre a sucessão do presidente da CVM, Leonardo Pereira, que deixará o cargo em julho deste ano. Joesley fala que conversou com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para trocar o diretor-geral da Receita e os presidentes do Cade e da CVM. “Agora está para trocar o presidente da CVM e é outro lugar fundamental”, disse o empresário a Temer, pedindo para que o presidente dê seu aval para ele falar com o ministro sobre as indicações.

Proteção financeira no dólar

A JBS já havia sido citada no ano passado, sob suspeita de ter sido beneficiada por leilões do BC quando o dólar passou a cair acentuadamente. A empresa possui uma mesa de câmbio e juros maior que a tesouraria de muitos bancos, já que possui grande parte de seu patrimônio no exterior e um volume muito grande de exportações. Joesley é conhecido no mercado também por gostar de operar no mercado financeiro.

Em nota, a JBS informou que gerencia de maneira minuciosa e diária sua exposição cambial e de commodities (produtos agrícolas e minerais comercializados no mercado exterior).

“Tendo em vista a natureza de suas operações, a JBS tem como politica e prática a utilização de instrumentos de proteção financeira visando, exclusivamente, minimizar os seus riscos cambiais e de commodities provenientes de sua dívida, recebíveis em dólar e de suas operações.”

Na nota, a empresa acrescenta que as movimentações no mercado de câmbio feitas nos últimos dias estão “alinhadas à sua política de gestão de riscos e proteção financeira”.

“Um exemplo do potencial impacto de oscilações na cotação do dólar é que, ao considerar a variação cambial na cotação do dólar de R$ 3,16 para R$ 3,40, como a ocorrida entre 31 de março [fechamento do primeiro trimestre] e 18 de maio, a companhia sofreria um prejuízo superior a R$ 1 bilhão”, argumenta a empresa.

As informações são da Agência Brasil.

Deixe um comentário