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Ibovespa cai 1,9% com petróleo e minério em baixa de 5%; dólar e juros sobem

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O Índice Bovespa fechou em queda hoje, de 1,86%, perto da mínima do dia, aos 64.862 pontos, puxado para baixo pelos preços do petróleo e do minério de ferro no exterior. Também a incerteza com relação à aprovação da reforma da Previdência, apesar da vitória ontem na comissão especial da Câmara ontem, pesou no mercado.

As indicações de que o governo pode ter dificuldades para conseguir os 308 votos no Plenário da Câmara e que a votação será adiada para que a reforma trabalhista seja votada antes aumentaram o receio dos investidores de que o governo tenha de ceder mais na reforma da Previdência ou não consiga aprovar as mudanças, fundamentais para o país cumprir o teto de gastos e as metas fiscais.

O índice até ensaiou uma recuperação no início do dia, mas perdeu força à tarde. A queda dos preços do minério de ferro, de 5% no porto de Qingdao, na China, para US$ 65,20 a tonelada, já indicaram que o dia seria ruim para as commodities, o que se confirmou durante a tarde.

Petróleo cai 5%

Os preços do petróleo despencaram, com o tipo WTI, negociado em Nova York, caindo 4,87%, para US$ 45,49 o barril, enquanto o Brent, de Londres, recuou 4,98%, para US$ 48,26, fechando pela primeira vez abaixo dos US$ 50 desde 29 de novembro. O motivo foi a expectativa de aumento da produção de gás de xisto nos EUA e de que os países produtores, tanto da Opep quanto independentes, não cumprirão o acordo fechado em novembro para cortar o fornecimento. O receio de uma superoferta de petróleo derrubou os preços do barril e dos produtores, especialmente os de xisto nos EUA.

A expectativa é de que os países da Opep prorroguem por mais seis meses, até novembro, o acordo de corte de produção, o que deve ser decidido na reunião em Viena no dia 25.

Petrobras e Vale em baixa

Com isso, duas das principais empresas da Bovespa, Petrobras e Vale, tiveram fortes quedas hoje. O papel preferencial (PN, sem voto) da Petrobras caiu 3,95% enquanto o ordinário (ON, com voto) recuou 2,70%. Já a ação ON da Vale caiu 3,69% enquanto o PNA perdeu 3,82%.

Índice perde ganho na semana

A queda de hoje fez o Ibovespa perder todo o ganho do mês e passar para uma perda de 0,83%. No ano, o ganho ainda é de 7,70% e, em 12 meses, de 23,42%. O volume negociado ficou em R$ 9,229 bilhões, acima da média do ano, de R$ 8,1 bilhões.

Bancos caem

Os bancos, que têm forte peso no índice, também registraram perdas expressivas, com Itaú Unibanco PN perdendo 3,27%, Bradesco PN, 1,48% e Banco do Brasil ON 4,20%. A queda indica saída dos investidores estrangeiros, que haviam começado o mês com um saldo de quase R$ 500 milhões em um só dia.

Ambev ON, que divulgou seu resultado hoje com números abaixo do esperado pelo mercado, foi na contramão do mercado e subiu 2,53%.

Só quatro altas no Ibovespa

As maiores altas do índice foram de Ultrapar ON, 2,92%, Ambev ON, Cielo ON, 0,96% e Multiplano ON, 0,28%. Foram as únicas quatro altas entre as 59 ações do índice. As maiores quedas foram de CSN ON, 6,84%, Gerdau Metalúrgica PN, 6,43%, Eletrobras ON, 5,66%, Cemig PN, 5,49% e Usiminas PNA, 5,19%. As metalúrgicas acompanharam a forte queda do minério e das commodities no exterior.

Bolsa de Paris sobe 1,35%

No mercado internacional, a vitória do candidato de centro, Emmanuel Macron, sobre a populista de direita Marine Le Pen no debate de ontem na disputa pela presidência da França animou os investidores, e o Índice CAC, de Paris, subiu 1,35%, levando junto  o Ibex, da Espanha, com ganho de 1,62%, e o DAX, de Frankfurt, com 0,96%. Le Pen é contra o euro e sua vitória seria um risco sério para a continuidade da União Europeia e a globalização. Em Londres, onde prossegue o processo de saída da União Europeia, o índice Financial Times subiu 0,19%.

Dow Jones estável

Nos Estados Unidos, o Índice Dow Jones fechou em pequena queda, de 0,03%, enquanto o Standard & Poor’s 500 subiu 0,06% e o Nasdaq, 0,05%. Hoje, o presidente Donald Trump conseguiu sua primeira grande vitória na Câmara ao aprovar um projeto que derruba o sistema de saúde pública criado por seu antecessor, o Obamacare. Mas as derrotas nas tentativas anteriores e a vitória por apenas 4 votos deixaram claro que o poder do presidente em impor suas bandeiras de campanha, como redução de impostos e aumento de gastos em investimentos, ainda é muito limitado.

Dólar e juros sobem

No mercado de dólar, a moeda americana subiu 0,79%, para R$ 3,184 para venda no mercado comercial. Já o dólar turismo, do varejo e das viagens, subiu 0,91%, para R$ 3,32.

A alta do dólar fez os juros futuros subirem. O contrato de DI para janeiro de 2018 subiu 0,025 ponto percentual, para 9,435% ao ano. Para 2019, a alta foi de 0,03 ponto, para 9,34% e, para 2021, para 10,01%, alta de 0,05 ponto. A alta da inflação do IPC-Fipe não chegou a assustar os investidores, já que a taxa em 12 meses segue abaixo de 4% ao ano.

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