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Ofensiva audaciosa

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Trocas relâmpago no BNDES e no Ministério da Justiça na calada do fim de mais uma semana conturbada relevam nova ofensiva audaciosa por parte do governo. Não parece haver preocupação com impactos na opinião pública, ou mesmo sobre a própria economia, mas sim buscar a qualquer custo construção de uma base para manutenção do poder.

Michel Temer tirou Osmar Serraglio do Ministério da Justiça e colocou no seu lugar Torquato Jardim, que ocupava o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União. Torquato é conhecido por ter bom trânsito no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A troca de cargos ocorre a menos de 10 dias da retomada do julgamento da ação que pode resultar na cassação da chapa Dilma-Temer 2014.

Temer estava confiante num julgamento favorável até o surgimento da delação da JBS, evento que inverteu totalmente o jogo sobre a mesa. Numa frente, a entrada de Torquato pode ser um movimento de defesa dos interesses do governo no TSE. Em outro front, cresce o receio de que o novo ministro da Justiça possa interferir de alguma forma na operação Lava Jato, onde diversas figuras políticas (incluindo o próprio presidente Michel Temer) estão entre os alvos de investigação.

Não menos chocante, a troca no BNDES revela mais uma derrota do bom senso na administração dos recursos públicos. A gestão de Maria Silvia Bastos Marques foi marcada por uma excelente e criteriosa avaliação na concessão de crédito. Repasses para vários projetos, especialmente de empresas ligadas à Lava Jato, foram devidamente represados. A farra dos subsídios estava sendo contida aos poucos, o que irritou grupos empresariais e setores do governo.

Duramente pressionada, Maria Silvia passou boa parte de seu 1 ano e 10 dias de gestão no BNDES rebatendo críticas. Doutora em economia, reclamou diversas vezes da falta de bons projetos para financiamentos. Mas a gota d’água de sua saída pode ter sido a criação da CPI do BNDES no Senado.

Os fatos a serem investigados são da gestão anterior, mas especula-se que Maria Silvia via a CPI como um instrumento para impedir as mudanças que tentava fazer no banco. O governo não fez nada para impedir a coleta de assinaturas para abertura da CPI, desagradando Maria Silvia.

Com a “mão de ferro” fora do BNDES, alguns segmentos já enxergam espaço para retomada da farra do crédito subsidiado. O movimento também favorece a reaproximação do governo Temer com certos grupos empresariais relevantes para formação de apoio num momento extremamente delicado.

No mercado local, o Ibovespa (BOV:IBOV) trabalhou movimento de correção saudável nesta segunda-feira, consequência dos ganhos acumulados nos últimos pregões. Mercado segue comprador a curtíssimo prazo, mas ainda próximo de seu ponto de apoio, o que deixa espaço para abertura de posições vendidas.

Ibovespa

Europa

O presidente do BCE (Banco Central Europeu) pediu mais uma vez que os bancos na zona do euro se preparem para a saída do Reino Unido da União Europeia, admitindo que o processo vai criar riscos para as instituições.

Draghi quer assegurar que todos os bancos na zona do euro cumpram os padrões europeus de supervisão bancária. O objetivo é manter o sistema sólido e solvente após o Brexit. Há suspeita de que algumas instituições não estão preparadas para enfrentar os esperados choques nos próximos anos.

A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May,tem afirmado que a Europa está adotando uma postura agressiva para as negociações do Brexit. May pediu eleições antecipadas para fortalecer sua liderança antes de dar prosseguimento às conversas com a União Europeia. A primeira-ministra britânica já afirmou que vai partir para o embate.

As bolsas de valores na Europa seguem alheias as esperadas tensões políticas e problemas locais. Na Alemanha, o índice DAX, embora lateralizado no curtíssimo prazo, segue colado na máxima histórica.

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