Cautela com a crise dá o tom das indicações de ações das corretoras para junho

As corretoras redobraram a cautela em suas indicações de ações para junho diante da incerteza provocada pela crise política. Aumentaram as indicações de empresas com alguma proteção cambial, como a fabricante de papel e celulose e exportadora Klabin, ou a mineradora Vale, diante do receio de que uma eventual troca de governo provoque uma alta do dólar mais forte do que a registrada em maio. Já a Petrobras, altamente endividada em dólar, perdeu algumas indicações, mas se mantém no topo da lista das corretoras, empatada com o Itaú Unibanco, que segue como destaque em oito das 12 carteiras de corretoras analisadas pelo Portal Arena do Pavini.

As ações da B3, antiga BM&FBovespa, também ganharam espaço diante do aumento dos volumes negociados com ações e derivativos em meio à maior volatilidade provocada pela crise. E, apesar das incertezas, a fila de aberturas de capital (IPO na sigla em inglês) cresceu, com empresas grandes como Carrefour  e IRB se preparando para entrar na bolsa, o que também favorece a B3.

A queda dos juros e a expectativa de retomada da economia também aumentaram o interesse por nomes voltados para o mercado interno e para o consumo, como  Lojas Americanas, RaiaDrogasil e Localiza. Outras, líderes de mercado e com receitas estáveis mesmo em momentos de turbulência, como a Telefônica, ganharam espaço como forma de proteger as carteiras.

Abaixo, a lista das 12 empresas mais citadas pelos analistas para o mês de junho.

A seguir, confira as indicações de cada corretora para este mês. Lembrando que algumas corretoras sugerem também pesos diferentes para cada papel.