Em maio de 2017, dezesseis das vinte e quatro atividades industriais avaliadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para elaboração do Índice de Preços ao Produtor (IPP) apresentaram variações positivas de preços em relação ao mês imediatamente anterior.
As quatro maiores variações se deram entre os produtos compreendidos nas seguintes atividades industriais: indústrias extrativas (-10,95%), papel e celulose (2,55%), refino de petróleo e produtos de álcool (2,45%) e fumo (1,92%).
Em termos de influência, na comparação entre maio e abril, sobressaíram indústrias extrativas (-0,41 ponto percentual), refino de petróleo e produtos de álcool (0,24 ponto percentual), veículos automotores (0,15 ponto percentual) e outros produtos químicos (-0,14 ponto percentual).
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No acumulado no ano (-0,07%), as atividades que, em maio/2017, tiveram as maiores variações percentuais foram: indústrias extrativas (-9,22%), metalurgia (8,00%), minerais não-metálicos (-5,53%) e alimentos (-4,42%). Neste indicador, os setores de maior influência foram: alimentos (-0,95 ponto percentual), metalurgia (0,59 ponto percentual), indústrias extrativas (-0,34 ponto percentual) e veículos automotores (0,30 ponto percentual).
No acumulado em 12 meses (2,26%), as quatro maiores variações de preços ocorreram em metalurgia (14,57%), minerais não-metálicos (-7,66%), indústrias extrativas (6,51%) e perfumaria, sabões e produtos de limpeza (5,81%). Neste indicador, os setores de maior influência foram: metalurgia (1,03 ponto percentual), veículos automotores (0,57 ponto percentual), refino de petróleo e produtos de álcool (0,46 ponto percentual) e outros produtos químicos (-0,23 ponto percentual).
Indústrias extrativas: em média, os preços do setor, na comparação maio contra abril, variaram -10,95%, puxados pela variação negativa observada nos preços de “minérios de ferro”. Com isso, a variação acumulada inverteu a tendência de abril, tendo sido, em maio, de -9,22%. Por fim, o acumulado em 12 meses ficou em 6,51%, menor resultado desde novembro de 2016 (5,58%).
Alimentos: em maio de 2017, a variação média de preços do setor foi 0,30%, primeiro resultado positivo no ano, o que não impediu que o acumulado se mantivesse negativo (-4,42%). Na comparação anual, a variação de 0,87% entre maio de 2017 e maio de 2016 é a menor desde novembro de 2014 (0,66%).
Entre os produtos destacados, três (“produtos embutidos ou de salamaria de carnes, não integrado ao abate”, “carnes de bovinos frescas ou refrigeradas” e “açúcar refinado de cana”) aparecem tanto em termos de variação quanto de influência. No caso da influência, o quarto produto é “açúcar cristal”, cujos preços, como no caso do outro açúcar e em contraposição aos outros dois produtos, tiveram, em média, variação negativa. Seja como for, as quatro variações mais influentes tiveram impacto nulo (zero ponto percentual) na variação de 0,30%, portanto, coube aos demais 39 produtos a influência positiva observada.
Os preços declinantes do “açúcar cristal” e do “açúcar refinado de cana” estão em linha com o início da safra, mas refletem também a tendência observada no mercado externo. No caso de “carnes de bovinos frescas ou refrigeradas” e de “produtos embutidos ou de salamaria de carnes, não integrado ao abate”, as empresas, de forma generalizada, indicaram uma maior demanda, tanto interna quanto externa.
Refino de petróleo e produtos de álcool: depois de três quedas consecutivas, os preços médios do setor, na comparação com abril, apresentaram variação positiva de 2,45%. Assim, o acumulado saiu de -2,07%, em abril, para 0,33%, em maio. Na comparação maio de 2017/maio de 2016, observou-se uma variação de 4,72%.
Todos os produtos derivados de petróleo indicados como destaque da atividade tiveram variações positivas de preços, em contraste com a variação negativa de “álcool etílico (anidro ou hidratado)”, em consonância com o período da safra da cana-de-açúcar. No caso dos derivados de petróleo, o aumento é coerente com o aumento de preços do “óleo bruto de petróleo”, que se observa tanto na ponta (aumento em maio contra abril) quanto na comparação anual (maio de 2017 contra maio de 2016).
Outros produtos químicos: a indústria química registrou no mês de maio uma variação negativa de preços de 1,42% em relação ao mês de abril, sendo a segunda variação negativa nos últimos nove meses neste tipo de comparação, o que gerou variações acumuladas de preços, no ano, de 2,29% e, em 12 meses, de -2,33%. Para ressaltar que a base de comparação dos preços estava em patamares baixos, pode-se verificar que, em termos de variação acumulada de preços, em relação a dezembro de 2013, a atividade alcançou 1,95%, valor bem distante do pico alcançado em outubro de 2015, que foi de 17,48%.
Um ponto a ser destacado é que as principais variações de preços ocorreram em produtos de menor peso no cálculo, e que, entre os de maior influência, apenas “adubos e fertilizantes à base de NPK” encontra-se com resultado positivo. Todos os demais produtos com influências mais significativas nos resultados da atividade apresentaram redução de preços: “borracha de estireno-butadieno”, “estireno” e “propeno (propileno) não saturado”.
Interessante ressaltar que os quatro produtos de maior influência de abril para maio registraram -0,88 ponto percentual no resultado do mês, ou seja, os demais 28 produtos contribuíram com -0,54 ponto percentual.
Metalurgia: ao comparar os preços de maio de 2017 contra abril de 2017, houve uma variação positiva de 0,29%, sétimo aumento de preços consecutivo. Desta forma, o setor acumulou no ano um resultado de 8,00% e nos últimos 12 meses uma variação de 14,57%, maior variação de preços no índice entre todas as 24 atividades analisadas. Em maio de 2016, a situação era oposta, o setor metalúrgico apresentava a segunda maior queda de preços neste tipo de comparação (-3,94%).
Em relação aos produtos que mais influenciaram os resultados no mês contra mês anterior, aparecem três dos quatro produtos de maior peso na atividade, sendo que os produtos “lingotes, blocos, tarugos ou placas de aço ao carbono” e “bobinas a quente de aços ao carbono, não revestidas” tiveram influência negativa, e “alumínio não ligado em formas brutas” e “ligas de alumínio em formas brutas”, influências positivas. Entre os 22 produtos selecionados para a pesquisa, os quatro produtos com destaque representaram 0,27 ponto percentual da variação no mês, ou seja, os demais 18 produtos influenciaram em 0,02 ponto percentual.
Veículos automotores: entre abril e maio, a variação observada no setor foi de 1,35%. Esta foi a décima variação positiva seguida da atividade neste tipo de comparação, que vem exibindo resultados positivos desde agosto de 2016. Além disso, essa foi a maior variação observada na atividade desde janeiro de 2016, quando apresentou resultado de 2,13%. Assim, a variação acumulada no ano alcançou 2,78%. A título de comparação, em maio de 2016, o acumulado era de 1,37%. Nos últimos 12 meses, o setor acumulou uma variação de 5,33%.
Entre os quatro produtos de maior influência no indicador mensal, todos tiveram impacto positivo no índice (“automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência”, “caminhão-trator para reboques e semirreboques”, “carrocerias para ônibus” e “freios para veículos automotores” – sendo que os dois primeiros estão entre os produtos que apresentam os maiores pesos na atividade). A influência desses quatro produtos de maior influência na variação mensal foi de 1,37 ponto percentual em 1,35%, ou seja, os demais 21 produtos da atividade contribuíram com -0,02 ponto percentual.
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