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Semana terá denúncia de Janot, reforma trabalhista, nova meta de inflação, contas públicas e IGP-M

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O ambiente político vai continuar concentrando as atenções nesta semana, a última de junho, com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentando sua primeira denúncia contra o presidente Michel Temer por conta das denúncias feitas pelo sócio da JBS, Joesley Batista, que gravou uma conversa com o presidente. A denúncia deve ser apresentada na terça-feira, quando termina o prazo dado pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) e deve ser a primeira de três peças contra o presidente. Fachin também saiu fortalecido do debate sobre se poderia ter aceitado o acordo de delação premiada da JBS, apesar de o julgamento da questão ainda continuar nesta semana no Plenário do Supremo.

O teor da denúncia pode mudar o humor do mercado, que vai acompanhar também as reações no Congresso. A bolsa pode cair um pouco mais e o dólar, subir, puxando os juros. O clima de incerteza vai continuar mantendo os mercados bastante instáveis, recomendando ao investidor evitar assumir muito risco e ficar nas aplicações de menor prazo e menor risco, atreladas ao juro diário.

A Câmara terá de aprovar a acusação contra o presidente, que ainda parece contar com apoio para evitar o afastamento.  Mas os efeitos do desgaste político do presidente sobre a votação das reformas devem continuar se mostrando nas votações da Câmara e do Senado.

Para o Banco Fator, Temer tem condições de manter apoio na Câmara suficiente para inviabilizar qualquer medida que ameace seu mandato. Isto é longe de desenhar um governo que entregue parte do que prometeu. Há sinais claros do lado da equipe econômica a respeito da avaliação sobre as reformas, que já são classificadas como “não tãããão essenciais”, diz o banco em relatório enviado aos clientes.

Reforma trabalhista na quarta

Nesta semana, um novo teste será a votação da reforma trabalhista na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, na quarta-feira. Depois da derrota na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), em meio a traições de senadores do próprio PMDB, incentivados pelo líder do partido, Renan Calheiros, o governo promete força total para aprovar o texto. Ainda mais depois do retorno de Temer ao país, após a não tão favorável viagem à Rússia e Noruega na semana passada. Temer deve se concentrar na aprovação na CCJ como forma de mostrar que ainda é valioso para aprovar as reformas e garantir o ajuste fiscal esperado pelos mercados e pelos empresários.

Viagem confusa e rei trocado

A decisão do governo norueguês de cortar parte da verba (R$ 200 milhões) para a preservação da Amazônia e declarações da primeira-ministra da Noruega, Erna Solberg, criticando a corrupção no Brasil. Temer ainda cometeu uma gafe ao dizer que teria uma reunião com o rei da Suécia, quando ia se reunir com Harald V, da Noruega. Temer tentou passar um clima de normalidade no Brasil apesar de toda a turbulência política.

Será votada também nesta semana a Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2018, da qual depende o recesso do Congresso.

CMN e meta de inflação mais baixa

No campo econômico, a semana terá reunião do Conselho Monetário Nacional e a divulgação de diversos indicadores de maio, especialmente alguns  resultados das pesquisas de confiança  já referentes a junho e diversos dados de maio.

Entre os destaques estão as contas externas e das contas públicas de maio, além da taxa de desemprego. Para o Bradesco, essas informações seguirão apontando para uma retração do PIB neste segundo trimestre, reforçando a tendência desinflacionária.

Já o Conselho Monetário Nacional na quinta-feira deve  definir a meta de inflação para 2019. A expectativa é que a meta seja reduzida dos atuais 4,5% ao ano para 4,25%, o que poderia levar o mercado a rever suas projeções.  “Parece pouco; muito barulho por nada, ou quase nada, mas é difícil imaginar, ainda by the book, que a oportunidade atual não seja aproveitada”, afirma o Banco Fator. O CMN decide também qual a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), usada nos contratos do BNDES, para o terceiro trimestre do ano. Hoje, ele está em 7,0% ao ano.

Contas externas

Um dado positivo deve sair na terça-feira. O Banco Central divulgará os dados do balanço de pagamentos referentes a maio: o superávit em transações correntes deve ter chegado a US$ 2,2 bilhões e os investimentos diretos no país devem ter somado US$ 3,0 bilhões, estima o Bradesco. Já o UBS estima um superávit de US$ 2,1 bi e investimento estrangeiro de US$ 3,2 bilhões. O Banco Central divulgará na quarta-feira os dados do mercado de crédito do mês passado.

Contas públicas, difíceis

Os números das contas públicas do mês passado começam a ser divulgados na  quarta-feira, quanto o Tesouro divulgará o resultado do governo central, para o qual o Bradesco projeta déficit de R$ 17,2 bilhões.

No dia seguinte, na quinta-feira, sai o resultado do setor público consolidado, que deve registrado déficit de R$ 16,9 bilhões, segundo o Bradesco.

Os resultados fiscais de maio serão muito ruins, avalia o Banco Fator. A arrecadação continua caindo, as receitas não recorrentes escasseiam, despesas correntes seguem em alta e os cortes nos investimentos não são suficientes para remendar as contas. “Agora, aceita-se que se a economia não andar a arrecadação não anda… já é alguma coisa”, diz o economista-chefe do banco, José Francisco de Lima Gonçalves. Ele estima  déficit de R$ 18,7 bilhões para o governo central, o que levaria o déficit em doze meses de R$ 136,2 bi para R$ 154,9 bi.

IGP-M, nova deflação em junho

Também na quinta-feira será divulgado o IGP-M de junho, apontando para nova deflação de 0,67%, ainda refletindo a queda dos preços dos produtos agropecuários, do minério de ferro e dos combustíveis.

Emprego com ligeira melhora

E, na sexta-feira, o IBGE deve divulgar os dados de emprego da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) Contínua.  Após o resultado do Caged ter indicado criação líquida de 34,2 mil vagas em maio, o UBS estima que a taxa de desemprego vai cair de 13,6% em abril para 13,5%, mesmo percentual esperado pelo  Bradesco.

Por fim, ao longo da semana, a FGV divulgará as sondagens dos diversos setores da economia referentes a junho.

Preços na Europa

Na agenda externa, o destaque deve ser a leitura preliminar do índice de preços ao consumidor da Área do Euro, na sexta-feira, que deve mostrar desaceleração em relação a maio, reduzindo a pressão para que o Banco Central Europeu reduza os estímulos monetários, avalia o Bradesco.

PIB e inflação nos EUA

Nos Estados Unidos, sai a leitura final do PIB do primeiro trimestre. Na segunda, o PIB cresceu no ritmo de 1,2% ao ano contra 2,1% no fim de 2016. E o PCE, índice usado como deflator do consumo das famílias, vai a 2,4%, com seu núcleo a 2,1%, um número alto, segundo o Banco Fator. O PCE mensal de maio, mesmo conceito do PCE do PIB, sai na sexta-feira e está em 1,7% no ano e seu núcleo em 1,5%. O índice é usado nas decisões de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

Saem ainda os dados das encomendas de bens duráveis em maio, na segunda-feira, e da confiança do consumidor, na quarta-feira, cujos resultados serão observados com atenção após a frustação com os últimos indicadores de atividade econômica no país. Ainda no primeiro dia da semana, serão divulgados os dados do índice IFO de sentimento econômico de junho da Alemanha.

Na China, na noite de quinta-feira, será conhecido o índice PMI de junho, que deve indicar discreta desaceleração em relação a maio.

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