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Decisão da quinta reunião do Copom em 2017 ficou em linha com expectativa do mercado financeiro de corte de 1% na Taxa Selic

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O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu nesta quarta-feira, com unanimidade, cortar em um ponto percentual a taxa básica de juros da economia brasileira, que passou de 10,25% para 9,25% ao ano. A decisão do Copom não surpreendeu os analistas do mercado financeiro, que projetavam que o Banco Central reduziria a Taxa Selic em 1%.

Na última pesquisa realizada pelo Banco Central junto aos maiores especialistas do mercado financeiro brasileiro, a projeção era de que os juros básicos atingiriam o patamar de 9,25% ao ano já na quinta reunião de 2017, encerrada nesta quarta-feira, e que seriam reduzidos gradualmente nas próximas três reuniões, até encerrarem o ano estipulados em 8,00% ao ano.

Clique aqui e confira as projeções mais recentes dos analistas do mercado financeiro brasileiro sobre os principais indicadores de nossa economia.

O corte de 1% na quarta reunião do ano fortalece a projeção atual dos analistas, que apostam que os juros básicos brasileiros encerrarão o ano abaixo da casa dos dois dígitos. Do patamar atual, faltam cortar 1,25 pontos percentuais nas próximas três reuniões para que a Selic encerre 2017 em 8,00%.

O ritmo de cortes será determinado pelo comportamento da economia, que tem que voltar a crescer neste ano. Outro fator preponderante para a definição da política monetária nas próximas reuniões será o comportamento da inflação, que vem sendo monitorada para voltar a atingir sua meta anual já este ano.

O Banco Central informou nesta quarta-feira que, para a próxima reunião do Copom, marcada para o começo de setembro, a manutenção deste ritmo de corte de juros, de um ponto percentual, “dependerá da permanência das condições descritas no cenário básico do Copom e de estimativas da extensão do ciclo“.

O ritmo de flexibilização continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e das projeções e expectativas de inflação“, acrescentou a autoridade monetária.

A instituição informou ainda que, no cenário com trajetórias para as taxas de juros e câmbio extraídas do Boletim Focus, suas projeções de inflação recuaram para em torno de 3,6% para 2017 e 4,3% para 2018. Esse cenário supõe trajetória de juros que alcança 8,0% ao final de 2017 e mantém-se nesse patamar até o final de 2018.

O Comitê entende que a convergência da inflação para a meta de 4,5% no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui o ano-calendário de 2018, é compatível com o processo de flexibilização monetária [corte de juros]“, acrescentou, indicando que o processo de redução da taxa Selic deverá ter continuidade nos próximos meses.

A taxa Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação terminou o último ano em 6,29%, o menor nível desde 2013 (5,91%).

Em razão do fraco nível de atividade, a inflação está bem comportada. Nos primeiros seis meses deste ano, segundo o IBGE, a inflação oficial (medida pelo IPCA) ficou em 1,18%, menor índice para o período desde o início da série histórica do indicador. Em doze meses, somou 3,00%.

Até o ano passado, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabelecia meta de inflação de 4,5%, com margem de tolerância de dois pontos percentuais, podendo chegar a 6,5%. Para 2017, o CMN reduziu a margem de tolerância para 1,5 ponto percentual. Assim, a inflação não poderá superar 6% ao final deste ano. O mercado financeiro prevê que a inflação deve encerrar em 3,33% no final do ano

O objetivo do corte da taxa básica é estimular a economia. O índice é usado nas negociações de títulos públicos Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros do mercado. Ao aumentar o índice, o Banco Central torna o crédito mais caro e segura o excesso de demanda dos consumidores. Com juros menores, os níveis de produção e consumo em um cenário de baixa atividade econômica podem ser retomados, já que o crédito fica mais acessível, mas o controle da inflação fica enfraquecido.

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