Empresas aéreas estão cancelando voos para Caracas, na Venezuela, por razões de segurança. A companhia aérea espanhola Iberia cancelou dois voo entre Madri e Caracas neste domingo (30) devido à “delicada situação” na Venezuela, que geram “dificuldades operacionais e de segurança.” As informações são da Agência EFE.
Em comunicado, a direção da Iberia informou que decidiu cancelar os voos programados nos dois sentidos neste domingo, quando ocorrerá as eleições para a Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela.
A Iberia explicou aos clientes prejudicados pelo cancelamento que oferecerá a melhor alternativa de viagem em novas datas, a possibilidade de reembolso da passagem ou a recolocação em outras companhias aéreas.
A AirFrance também suspendeu os voos entre Paris e Caracas de domingo até a próxima terça-feira.
“Perante a situação atual na capital venezuelana, somos obrigados a suspender os nossos voos de Paris a Caracas do domingo, 30 de julho, à terça-feira, 1º de agosto”, informou a companhia aérea francesa em comunicado.
A empresa dá aos clientes a opção de voltar a reservar sem custos um voo posterior ou cancelar a viagem, e concederá ao passageiro um vale não reembolsável válido por um ano.
Esta decisão ocorre um dia após o governo dos Estados Unidos (EUA) ter ordenado aos familiares dos funcionários da embaixada americana em Caracas que abandonem a Venezuela, o que aconteceu hoje, por causa dos crimes “violentos” e da falta “generalizada de alimentos e medicamentos”.
Em resposta, o chanceler da Venezuela, Samuel Moncada, acusou os EUA de criarem deliberadamente um alarme no país com a intenção de semear o caos.
“Se eles evacuam os funcionários, é o ato de um país que está a ponto de cair no abismo. E outras embaixadas copiam porque dizem que ‘os americanos sabem que nós não sabemos’, então as companhias aéreas começam a copiar”, acrescentou o ministro venezuelano.
O governo da venezuela convocou para este domingo a eleição dos delegados da Assembleia Nacional Constituinte, com a qual pretende modificar a Constituição. A oposição não participará da votação por considerar o processo “fraudulento”.
*Com informações da EFE