O Itaú Unibanco (BOV:ITUB4) divulgou há pouco seu lucro recorrente, ou seja, sem eventos especiais, no segundo trimestre, de R$ 6,169 bilhões, o que representa um retorno de 21,5% sobre o patrimônio líquido. O lucro cresceu 10,65% em relação aos R$ 5,575 bilhões do mesmo período do ano passado. No semestre, o banco acumula lucro de R$ 12,345 bilhões, 15% maior que os R$ 10,737 bilhões do primeiro semestre do ano passado. O lucro contábil, que considera eventos extraordinários, como amortização de ágio de compras de outras instituições, ficou em R$ 6,014 bilhões, 9% maior que o do ano passado. No semestre, o lucro contábil foi de R$ 12,066 bilhões, 12,7% maior que o de 2016.
O retorno recorrente de 21,5% sobre o patrimônio ficou abaixo dos 22% do primeiro trimestre deste ano, mas supera os 20,6% do mesmo trimestre de 2016. Em 2016, porém, o retorno havia sido de 24,8%.
A margem financeira do banco, em relação aos empréstimos, caiu 1% em relação ao ano passado. Já as receitas de prestação de serviços cresceram 2,8%, para R$ 8,037 bilhões. As despesas com provisões para devedores duvidosos caíram 21,9%, de R$ 6,337 bilhões para R$ 4,948 bilhões.
A carteira de crédito total, incluindo América Latina, fechou junho em R$ 587,3 bilhões, uma queda de 4,2% sobre junho de 2016, quando era de R$ 613 bilhões. Pessoas físicas tiveram queda de 1,8%, com crescimento apenas nas linhas de cartão de crédito, 3,5%, e crédito imobiliário, 5,4%. A carteira de crédito pessoal caiu 9,9%, consignado, 3,7% e veículos, 15,6%.
Já a carteira de empresas teve queda maior, 6,3%, puxada por grandes empresas, com -7,1%. Pequenas empresas tiveram queda de 4%. Na América Latina, a carteira de crédito do Itaú caiu 1,1%. Já a carteira de crédito no Brasil caiu 4,36%, de R$ 367 bilhões para R$ 351 bilhões.
A inadimplência geral da carteira com mais de 90 dias de atraso caiu de 3,6% da carteira de crédito em junho do ano passado para 3,2% no mês passado. Só no Brasil, ela caiu de 4,5% para 3,9% e, na América Latina, houve alta, de 1,1% para 1,2%.
No Brasil, por segmento, a inadimplência caiu de 6% para 5,1% em micro e pequenas e médias empresas e de 5,9% da carteira para 5,2% para pessoas físicas. Nas grande empresas, a inadimplência caiu de 1,6% para 1,2%.