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O que esperar para as ações da Vale

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O mercado torceu o nariz para os resultados da Vale no segundo trimestre. O desempenho ruim, diga-se de passagem, já era bastante esperado pelo mercado. Ainda assim, o primeiro balanço da mineradora com o novo CEO, Fábio Schvartsman, ficou abaixo do esperado. As ações ordinárias (BOV:VALE3) e preferenciais (BOV:VALE5) terminaram o dia perto do zero.

A média de cinco projeções consultadas pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, (BB-BI, Citi, JPMorgan, Itaú BBA e Santander) apontava para um ganho de US$ 533 milhões no período. O lucro líquido, contudo, ficou em US$ 16 milhões, uma diferença de 97%. Já o O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, de US$ 2,729 bilhões e a receita líquida, de US$ 7,235 bilhões, ficaram de acordo com as projeções.

Schvartsman disse, em teleconferência, que o resultado no terceiro trimestre será melhor do que o reportado hoje. “Todos concordamos que o resultado foi mais fraco do que o esperado”, afirmou. Dentre as razões para a expectativa de melhora, afirmou o presidente da Vale, está um cenário de melhores preços do minério de ferro, mais alto e mais estável, e a redução de produção de minério com alta sílica.

Visão dos analistas:

XP Investimentos – Continuamos gostando das ações VALE5 e VALE3 devido a: (i) elevada qualidade dos ativos, (ii) excelência na gestão e (iii) momento histórico de melhoria de sua governança corporativa. Neste último item reforçamos nossa recomendação para todos os acionistas preferencialistas solicitarem a migração para ações ordinárias (VALE3), cujo prazo se encerrará em 11 de agosto. Tal movimento tende a gerar muito valor para todos os acionistas, por isso, não deixem de fazê-lo. Em relação aos preços de minério de ferro, acreditamos num movimento de acomodação ao longo do 2T17, por isso, recomendamos maior cautela neste atual nível de preços para investidores de curto prazo.

BTG Pactual – A Vale publicou um conjunto pobre de números operacionais (considerando seu potencial), mas em grande parte em linha com as nossas expectativas (9% abaixo do consenso, no entanto). O EBITDA saiu em US $ 2,7 bilhões, -37% na passagem trimestral e 3% acima da estimativa (o consenso estava revisando números para baixo nas últimas semanas) – impactado negativamente pelas menores realizações de preços do minério de ferro, algumas pressões de custos, além de questões operacionais em metais-base.

Santander – A Vale reportou resultados 9% abaixo do projetado pelo mercado no 2T17 em termos de LAJIDA, sustentado pelo baixo volume comercializado no período, já anunciado na última passada. Além da queda no volume, o menor preço da commodity (7% abaixo do esperado pelo mercado) também contribuíram para a queda de 37% t/t no LAJIDA da Vale. Durante o segundo trimestre de 2017, a mineradora desembolsou US$ 894 milhões em investimentos, 21% abaixo de nossas expectativas, o que sugere uma solida execução do projeto S11D e das operações de níquel em Sudbury (Canada). Todavia, apesar de acreditarmos em uma melhora operacional à frente, nos mantemos cautelosos com relação a Vale devido a dúvida sobre a sustentabilidade do minério de ferro no patamar atual.

Fonte: Money Times. 

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