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PMI de serviços do Brasil cai pelo 2º mês e otimismo é o menor desde março de 2016, diz Markit

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O setor de serviços do Brasil permaneceu em retrocesso em junho, com a queda renovada na quantidade de novos pedidos puxando a atividade ainda mais para baixo em meio à crise política, que reduziu o otimismo dos empresários, afirmam os gerentes de compras. O Índice de Atividade de Negócios do setor de serviços PMI – IHS Markit para o Brasil, pesquisa feita entre os executivos do setor, caiu de 49,2% em maio para 47,2 em junho, a segunda queda mensal consecutiva do setor.

O enfraquecimento da demanda causou outra contração mensal no nível de empregos e levou as empresas a oferecerem descontos numa tentativa de conquistar novos negócios. Os preços foram reduzidos apesar de um aumento acentuado nas cargas de custos como um todo. Ao mesmo tempo, as preocupações crescentes entre as empresas com as questões políticas e as condições lentas do mercado resultaram no menor nível de otimismo desde março de 2016, informa a Markit.

Ao atingir 47,4 em junho, o PMI indicou também uma taxa de redução mais rápida. Os níveis de atividade caíram em quatro das seis categorias cobertas pela pesquisa, com as exceções sendo a de Intermediação Financeira e a de Correios e Telecomunicações.

Já o índice composto, que reúne serviços e indústria, teve sua queda amenizada pelo crescimento da produção industrial em junho. Mas a taxa de expansão da indústria atenuou-se substancialmente em relação ao recorde de alta observado em maio e foi insuficiente para compensar a desaceleração no setor de serviços. Por causa disso, o Índice Consolidado de dados de Produção – IHS Markit para o Brasil, sazonalmente ajustado, caiu de 50,4 para 48,5, assinalando um retorno à contração na atividade do setor privado (abaixo dos 50 pontos).

Melhor trimestre desde 2014

O crescimento econômico no Brasil foi interrompido em junho devido a uma desaceleração de serviços, o setor dominante no país. O setor industrial também enfrentou uma série de contratempos, com aumentos mais brandos nos volumes de pedidos de fábrica e de produção causando uma queda acelerada nos níveis de empregos. Contudo, no segundo trimestre, como um todo, o PMI consolidado atingiu uma média de 49,8, a sua leitura trimestral mais alta desde o terceiro período de 2014, afirma  Pollyanna De Lima, economista da IHS Markit e autora do relatório.

Segundo ela, os resultados de junho para o setor de serviços refletiram a grande quantidade de desafios que as empresas enfrentam. Condições de mercado instáveis, questões políticas, demanda frágil e restrições financeiras entre os consumidores prejudicaram a criação de novos trabalhos. Empregos foram cortados e o nível de atividade caiu como resultado.

Mesmo com os preços sendo reduzidos, no geral, as empresas não conseguiram perceber um aumento no volume de novos negócios. Os dados da pesquisa indicaram que o otimismo em relação às perspectivas de crescimento no futuro variou entre os setores. Os fabricantes foram os mais otimistas desde março, enquanto que o sentimento positivo dos provedores de serviços diminuiu e atingiu um recorde de baixa de quinze meses, avalia Pollyanna.

Crise política afeta negócios

O volume de novos trabalhos recebidos pelos provedores de serviços diminuiu em junho, pondo, assim, um ponto final num uma sequência de expansão de quatro meses. Os gerentes de compras entrevistados indicaram que a queda no volume de novos negócios refletiu uma combinação de condições de mercado instáveis, perturbações políticas, demanda frágil e questões financeiras entre os consumidores. Os pedidos de fábrica continuaram a aumentar, embora o ritmo de crescimento tenha diminuído.

Queda nos empregos

O nível de vendas mais baixo, os planos de reestruturação das empresas, o encerramento de algumas operações e as tentativas de redução de custos desencadearam outra redução no número de funcionários do setor de serviços. O nível de empregos diminuiu de forma sólida em junho e pelo 28º mês consecutivo. Foram observadas perdas de emprego também no setor industrial, com o ritmo de contração sendo o mais rápido desde março.

Apesar disso, as empresas continuaram a completar os seus pedidos em atraso. Os volumes de negócios pendentes diminuíram moderadamente no setor de serviços e acentuadamente entre os produtores de mercadorias.

Custos em alta com o dólar

Os custos de insumos de serviços aumentaram em junho. Embora mais branda do que em maio, a taxa de inflação foi acentuada e ficou acima da sua tendência de longo prazo. Os entrevistados indicaram que as cargas de custo mais elevadas deveram-se principalmente ao enfraquecimento da moeda. As pressões sobre a inflação de custos se intensificaram entre os fabricantes no atual período da pesquisa.

Preços ligeiramente menores

Apesar do aumento nas tarifas dos insumos, os prestadores de serviços reduziram seus preços cobrados em junho. Segundo os entrevistados da pesquisa, os descontos foram oferecidos como parte de iniciativas para obter novos trabalhos. No entanto, a taxa de redução, como um todo, foi marginal apenas. Em comparação, os preços de fábrica aumentaram ainda mais.

Perspectiva de crescimento com ameaça da política

As empresas brasileiras de serviços esperam que novas parcerias e maiores investimentos levem a um crescimento da atividade nos próximos doze meses. Contudo, houve menções entre algumas empresas de que as questões políticas e as condições lentas de mercado representam uma ameaça para as perspectivas de negócios. Na realidade, o grau de otimismo caiu atingindo a sua marca mais baixa desde o início de 2016. O grau de sentimento positivo entre os fabricantes atingiu um recorde de alta de três meses.

 

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