O diretor-presidente da TIM (BOV:TIMP3), Stefano De Angelis, destacou o avanço no ganho de clientes pós-pagos, especialmente nos planos chamados Controle – que geram receita recorrente. Esse crescimento está relacionado à migração de clientes que estavam em planos pré-pagos e do ganho de usuários vindos da portabilidade de outras operadoras, onde a TIM teve um dos melhores resultados da série histórica, segundo o executivo.
“O que vai mudar o resultado mês a mês é o plano Controle. Ele é o catalisador dos ‘net adds’ (adição líquida de clientes)”, afirmou nesta quarta-feira, 26, referindo-se à importância de consolidar o faturamento constante. O diretor de operações, Pietro Labriola, também explicou que os planos TIM Black, lançados recentemente, são destinados ao aumento do faturamento e da rentabilidade, uma vez que são destinados aos consumidores das classes A e B.
“O TIM Black é ponto de partida para reposicionamento da marca para as classes A e B, com contínuo desenvolvimento da oferta”, explicou, referindo-se a pacotes com maiores volumes de dados, uso de aplicativos e serviços digitais e preços mais elevados. “A briga nesse segmento é para crescimento de Arpu (receita média por usuário)”, ressaltou. De Angelis ressaltou ainda o foco da TIM no desenvolvimento das redes e destacou a chegada da cobertura 4G a 2 mil cidades neste mês, conforme antecipado nesta terça-feira, 25, pelo jornal O Estado de S. Paulo. Com isso, a operadora antecipou a meta inicialmente prevista para o fim deste ano.
Fusão com Oi
Stefano De Angelis reiterou que a possibilidade de uma fusão com Oi (BOV:OIBR4) só voltará a ser avaliada após o desenrolar do processo de recuperação judicial da operadora. O executivo lembrou que uma possível integração com essa empresa já foi estudada no passado, considerando que há grandes sinergias entre as duas.
Enquanto a TIM tem uma grande rede de clientes de telefone e internet móvel, a Oi possui concessão de telefonia fixa, uma rede de abrangência nacional, e vem ampliando os negócios de TV por assinatura e banda larga. No entanto, as conversas foram interrompidas por conta do processo de recuperação.
“O que ressaltamos é que a situação da Oi está, agora, em outra mesa de discussão”, ponderou De Angelis. “Quando os aspectos comerciais e industriais da Oi voltarem a ser a principal alavanca de qualquer análise, vamos avaliar as possibilidades de consolidação”, disse o executivo.