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Empresas da construção têm no 2º tri a pior receita nos últimos 20 trimestres, diz Economática

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Apesar de o índice que mede a confiança da construção ter subido 1,5 ponto em agosto, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), alcançando 76,1 pontos e acumulando ganho de 4,1 pontos no ano, balanços do setor mostram que as empresas ainda terão um longo caminho a percorrer para recuperar perdas e conquistar melhores resultados.
Um estudo feito pela Economatica, empresa provedora de informações financeiras, mostra o desempenho de 13 empresas do setor de construção, listadas na Bovespa, nos últimos 20 trimestres. O estudo destaca que a receita líquida operacional consolidada do setor no segundo trimestre de 2017 é de R$ 3,12 bilhões — o menor valor registrado em todo o período. Já o melhor resultado ocorreu no quarto trimestre de 2013, somando R$ 7,61 bilhões.

Participaram da amostra somente as empresas cujos dados estavam disponíveis em todas as datas pesquisadas. A Economatica usou demonstrativos oficias entregues pelas empresas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em valores nominais, sem ajustes por inflação.
De acordo com o levantamento, nos últimos seis trimestres o setor tem registrado receita inferior a R$ 4 bilhões. A receita consolidada do setor no segundo trimestre de 2017 apontou queda de 13,17% com relação ao mesmo período de 2016, quando a receita foi de R$ 3,59 bilhões.

Destaques das empresas por receita líquida operacional

No segundo trimestre de 2017, a MRV, com R$ 1,12 bilhão, é a empresa que registra o maior valor de receita liquida operacional, representando 36,18% do total do setor. A companhia teve um crescimento no segundo trimestre de 2017 frente a igual periodo de 2016 de 2,89%, em valores nominais.
Somente cinco das treze empresas analisadas mostram crescimento nominal de receita no segundo trimestre de 2017 com relação ao mesmo período do ano anterior. A Trisul tem o maior crescimento percentual, com 66,91%, e a Helbor a maior queda, com -55,48%.


Lucro líquido
O estudo mostra que no segundo trimestre de 2017 o setor acumula prejuízo de R$ 1,03 bilhão — o quinto pior resultado trimestral da amostra. O melhor resultado foi registrado no quarto trimestre de 2013, com R$ 1,02 bilhão de lucratividade.

Somente quatro empresas registram lucro no segundo trimestre de 2017. A MRV é a empresa com maior lucro do setor, com R$ 140,8 milhões. A PDG Realt foi a empresa com o maior prejuízo, que chegou a R$ 532,4 milhões.


Divida total Bruta
No segundo trimestre de 2017 a dívida consolidada do setor de construção registra o menor valor no período do levantamento, com R$ 19,4 bilhões. Por sete trimestres a dívida do setor fica abaixo de R$ 21 bilhões. No segundo trimestre de 2017, a dívida registra queda de 3,4% com relação ao mesmo período de 2016.


Destaques das empresas – endividamento

A Cyrela Realt é a empresa mais endividada do setor, com R$ 3,37 bilhões de dívida, representando 17,33% do total do setor. A companhia diminuiu em 4,5% o nível de endividamento no quarto trimestre de 2017 com relação ao mesmo período de 2016.
Seis empresas conseguiram reduzir o endividamento no segundo trimestre de 2017 com relação a 2016. A Tecnisa se destaca com o maior nível de redução, com 42,7%. Na contramão, a MRV aumentou o nível de endividamento em 41%.


Situação de Caixa
O caixa do setor no segundo trimestre de 2017 é de R$ 4,84 bilhões, o que representa queda de R$ 2,09 bilhões com relação ao primeiro trimestre de 2017.
A principal causa da queda do caixa do setor, segundo a Economatica, é a diminuição da MRV. O caixa da empresa no segundo trimestre deste ano estava R$ 1,76 bilhão inferior ao nível do primeiro trimestre de 2017.


Destaque por empresas – Caixa
A Cyrela Realt é a empresa com o maior estoque de caixa no segundo trimestre de 2017 com R$ 1,48 bilhão — uma fatia de 30,67% do total do estoque do setor.
O estudo aponta que a empresa com maior aumento de caixa entre o segundo trimestre de 2016 e 2017 é a Eztec, com avanço de 41,74%.


Valor de mercado
O valor de mercado do setor no dia 24 de agosto de 2017 é de R$ 19,01 bilhões. No período analisado, o valor de mercado mínimo da amostra aconteceu no terceiro trimestre de 2015, com R$ 11,4 bilhões.


A companhia com maior valor de mercado do setor é a MRV, que no dia 24 de agosto de 2017 registrou R$ 5,78 bilhões. Somente a Rodobens e a CR2 registram queda de valor de mercado em 2017, até o dia 24 de agosto.

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