Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor 15 (IPCA-15), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação do país entre 15 de julho e 14 de agosto de 2017 foi de 0,35%.
Os preços de produtos e serviços relacionados aos setores de Transporte (1,35%) e Habitação (1,01%) apresentaram os maiores impactos no índice do mês: 0,24 ponto percentual e 0,15 ponto percentual, respectivamente.
Os combustíveis (5,96%), que fazem parte do grupo Transportes, representaram a maior contribuição individual no mês (0,28 ponto percentual). Isso devido ao preço da gasolina, que ficou, em média, 6,43% mais caro de um mês para o outro e do etanol, que subiu 5,36%. Além disso, foi apropriada parcela ainda não incorporada relativa ao reajuste de 16,61% nas passagens dos ônibus intermunicipais da região metropolitana de Belém(6,63%), em vigor desde 7 de abril. Pelo lado das quedas, as passagens aéreas apresentaram recuo de 15,00%.
No grupo Habitação, o destaque ficou com a energia elétrica (4,27%), em razão da entrada em vigor da bandeira tarifária vermelha – a partir de 1º de agosto – considerando a cobrança adicional de R$ 0,03 a cada quilowatt-hora (kwh) consumido. Acrescente-se, ainda, o reajuste de 5,15%, vigente desde 4 de julho, em uma das concessionárias de São Paulo (6,92%), e de 6,87% em Belém (6,42%), em vigor desde 7 de agosto.
No lado das quedas, o grupo Alimentação e bebidas, que tem participação de 25% na despesa das famílias, apresentou variação de -0,65%, exercendo o mais intenso impacto negativo, de -0,16 ponto percentual. Este é o terceiro mês consecutivo que o grupo apresenta variação negativa na média geral de preços. Com exceção de Brasília (0,02%) e de Salvador (0,54%), as demais regiões pesquisadas apresentaram queda, indo desde -1,18% na região metropolitana de Porto Alegre até -0,04% na de Recife.
Os alimentos comprados para consumo em casa ficaram 1,17% mais baratos. O preço da maioria dos produtos ficou mais baixo de julho para agosto, com destaque para o feijão-carioca (-13,89%), a batata-inglesa(-13,06%), o leite longa vida (-3,86%), as frutas (-2,43%) e as carnes (-1,37%). A cebola e o tomate sobressaíram no lado das altas com 14,28% e 14,03%, respectivamente. Já na alimentação fora de casa, a variação média foi de 0,32%, com as regiões apresentando resultados entre a queda de 0,99% registrada na região metropolitana de Belém até a alta de 1,63% da região metropolitana de Salvador.
Entre os demais grupos de produtos e serviços pesquisados, as variações ficaram entre -0,32% do grupo Comunicação e 0,73% do grupo Saúde e cuidados pessoais.
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Variação mensal dos principais grupos de produtos e serviços que compõem a pesquisa de preços do IPCA-15
Confira abaixo a variação mensal, a variação acumulada anual e a variação acumulada nos últimos doze meses dos preços médios dos principais grupos de produtos e serviços aferidos pela pesquisa do IBGE para o cálculo do IPCA-15 de agosto de 2017.
Mês (%) | Ano (%) | 12 Meses (%) | |
Índice Geral | 0,35 | 1,79 | 2,68 |
Alimentação e Bebidas | -0,65 | -0,80 | -1,29 |
Artigos de Residência | 0,21 | -0,79 | -1,28 |
Comunicação | -0,32 | 1,18 | 1,69 |
Despesas Pessoais | 0,34 | 2,87 | 4,51 |
Educação | 0,19 | 6,80 | 7,24 |
Habitação | 1,01 | 3,35 | 4,56 |
Saúde e Cuidados Pessoais | 0,73 | 5,16 | 7,20 |
Transportes | 1,35 | 0,97 | 2,82 |
Vestuário | -0,29 | 1,11 | 2,51 |