O nível de atividade da indústria paulista avançou 1% em julho na comparação com o mês anterior, contabilizado o ajuste sazonal. Sem o ajuste a elevação, o resultado é de 3,2% em julho ante junho e na comparação com junho do ano passado é de 0,4%.
No acumulado do ano foi registrada queda de 3,1%, segundo o Indicador de Nível de Atividade (INA) divulgado hoje (31) pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp)
De acordo com a entidade, o avanço foi influenciado pelas vendas reais, que subiram 4,3%, seguidas por número de horas trabalhadas na produção (0,7%) e o nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI), com avanço de 0,6 ponto percentual, na série com ajuste.
Segundo o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp, Paulo Francini, o consumo é um dos principais fatores a colaborar para o resultado.
“Para isso, temos uma inflação em queda, o efeito da liberação dos recursos de contas inativas do FGTS, os juros menores, a demanda externa aquecida, que influencia as exportações. Esse conjunto de fatores sinaliza, apesar de pequena e lenta, recuperação da atividade industrial”, disse.
Segundo ele, entre abril e julho, a média de crescimento do INA foi de 1%, o que leva a superar a projeção de fechamento do ano, de 1,7% para próximo de 2,5% e 3%.
De acordo com o levantamento, dos 20 setores pesquisados, 70% cresceram em julho. Os destaques ficaram por conta de produtos químicos, com alta de 2,2% em julho, na série com ajuste sazonal. As horas trabalhadas na produção avançaram 2,3%, o total de vendas reais 4,7% e o NUCI 0,2 ponto percentual.
O INA de minerais não metálicos avançou 0,4% no mês. As horas trabalhadas na produção subiram 0,2%, vendas reais, 1,9% e o NUCI 0,1 ponto percentual. No setor de artigos de borracha e plástico houve elevação do INA de 1,2% em julho. As vendas reais avançaram 5,9%, horas trabalhadas na produção 2,2% e o NUCI 0,3 ponto percentual.