Saiba o que movimentou o governo federal nesta sexta-feira.
Nova procuradora-geral da República
Após ser eleita pela Associação Nacional dos Procuradores da República para a lista tríplice, indicada pelo Presidente Michel Temer e aprovada pelo Senado, Raquel Dodge assumirá a chefia do Ministério Público Federal (MPF), substituindo Rodrigo Janot no cargo. O dia da posse foi marcado para 18 de setembro, às 10h30, na sede da PGR em Brasília.
Rodrigo Maia e as reformas
Em um evento, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, defendeu uma reforma ampla no Estado para a promover condições iguais a todos os brasileiros. Para ele, o Estado é muito maior do que a capacidade que a sociedade tem de financiá-lo. Ele também defendeu a Reforma da Previdência e a reorganização da base de apoio ao Governo.
Maia apoiou a aprovação do Distritão e disse que isso significava um avanço para o sistema, que caminha para um modelo que já deu certo em países como a Alemanha. Ao mesmo tempo, o presidente da Câmara criticou a aprovação do Fundo Público de Financiamento de Campanha. Ele apontou que o sistema eleitoral atual está falido e um fundo deveria ter um caráter transitório, e não permanente.
Alexandre de Moraes pede por mais debates
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes argumentou que é preciso discutir o sistema antes de delimitar o tempo de mandato dos ministros da Suprema Corte. Ele apontou que o STF é além de um tribunal constitucional que analisa as leis e que o sistema de mandato só existe nos regimes parlamentaristas para que o sistema vitalício não engesse as decisões e permita a reanálise de leis. “A regra da vitaliciedade dá a necessária independência e autonomia para o magistrado julgar os casos concretos”, afirmou.
Relator de denúncia contra Temer se desfilia do PMDB
O deputado Sérgio Zveiter, relator da denúncia apresentada a Rodrigo Janot contra Temer, pediu a sua desfiliação do PMDB. Em carta, ele disse ter sofrido represália do partido após se mostrar favorável ao prosseguimento da acusação contra o presidente. Para Zveiter, as denúncias contra Temer eram sérias e deveriam ser investigadas pelo STF.
Dória para presidência em 2018
Tanto o PMDB quanto DEM já demonstraram interrsses em lançar João Dória, prefeito de São Paulo pelo PSDB, como candidato à presidência em 2018. Temer declarou publicamente na segunda (07/08) que as “portas do PMDB estão abertas” para o tucano, mas sua assessoria negou que isso seria um convite. O DEM também já sondou o prefeito e se dispôs a ajudar Dória, caso ele não ganhe apoio dentro do próprio partido. O prefeito afirmou que não irá concorrer à presidência e que está apoiando Geraldo Alckmin.
Lula e Dilma
O procurador da República no Distrito Federal Ivan Cláudio Marx afirmou que o empresário Joesley Batista, dono da JBS, não apresentou provas de que os ex-presidentes Lula e Dilma eram beneficiários ou sabiam de contas no exterior, nas quais a empresa depositava propina. Para ele, não há provas que sustentem o depoimento do delator e provem o envolvimento dos petistas.
FHC questiona operação abafa contra Lava Jato
Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sugeriu que há uma “operação abafa” para atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato. Em debate, quando questionado pelo jornalista Carlos Sardenberg sobre a possível existência da operação, FHC respondeu: “Você tem dúvida?” e não se alongou no assunto. No evento ele ainda comentou que era a favor da antecipação da eleições que o próximo presidente do Brasil será “aquele que trouxer um discurso que dê coesão a uma sociedade fragmentada”.
Reajuste dos servidores
O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil afirmou que recorrerá na Justiça contra o adiamento para 2019 do reajuste dos funcionários públicos federais de janeiro. O sindicato acusa a administração federal de preferir penalizar os funcionários ao invés de enfrentar deputados e senadores. Eles também criticaram a proposta da equipe econômica de congelar os salários dos concursados por uma ano e não apresentarem propostas que reduzam a quantidade de cargos comissionados.