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Temer espera participação da China em privatizações

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Em entrevista ao canal estatal de TV da China, o presidente Michel Temer disse hoje (28/08) esperar que o governo e empresas chinesas participem das licitações para conceder à iniciativa privada 57 projetos, anunciados na semana passada, que incluem a venda de empresas públicas, concessão de aeroportos e de linhas de transmissão, além de parcerias público privada. À CCTV, Temer ressaltou a importância do Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, África do Sul e China.

Amanhã (29/08), Temer embarca para a China onde participa da reunião anual do bloco e também será recebido em visita de Estado pelo presidente chinês Xi Jinping. “Quero levar a ele [presidente da China] a notícia dos 57 setores que vamos conceder à iniciativa privada e esperamos que a China possa se interessar desses eventos concessões”, disse Temer.

À TV estatal da China, Temer disse que o Brics têm se fortalecido e que os governos de Brasil e China se assemelham por serem “reformistas”. “Não vejo nenhum gesto de enfraquecimento [do bloco]. Pelo contrário, o que vejo são gestos de fortalecimento. A China e o Brasil são países reformistas que vêm fazendo reformas acentuadas internamente”.

Segundo Temer, a reforma trabalhista, que entra em vigor em novembro, “está fazendo um sucesso extraordinário”, por flexibilizar as relações de trabalho e “combater o desemprego”. “Temos outras reformas pela frente, com a reforma da Previdência Social, importantíssima para o nosso país. Isso significa um governo reformista, como fez a China. China, Brasil, África do Sul, Rússia e Índia estão mais ou menos no mesmo caminho”.

Na visita de Estado, além de falar sobre as privatizações, Temer disse que pretende estimular o turismo entre os dois países. “Espero que o turismo possa crescer, porque o turismo brasileiro para a China é maior que o chinês para o Brasil. Os brasileiros têm um grande interesse pela cultura milenar da China. O que queremos, e será um dos objetivos da nossa viagem, incrementar e incentivar o turismo chinês para o Brasil”.

 

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