A subsidiária de geração da estatal Eletrobras (BOV:ELET6) no Amazonas foi autorizada na segunda-feira (18) a iniciar a operação comercial de uma grande termelétrica em Manaus, mesmo após a Petrobras (PETR4) se recusar a fornecer combustível para a usina devido à inadimplência da empresa em outros compromissos.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) publicou nesta terça-feira (19) despacho no Diário Oficial da União em que autoriza a Amazonas Geração e Transmissão a acionar a primeira turbina da termelétrica Mauá 3 de forma temporária, no período de 19 de setembro deste ano a 31 de dezembro de 2018.
Segundo uma nota técnica da agência, a operação em caráter comercial será possível devido a uma decisão judicial.
Anteriormente, a Eletrobras já havia recorrido à Justiça, também com sucesso, para garantir o gás necessário ao menos à realização dos testes do empreendimento.
“Não havendo uma solução definitiva para o fornecimento do combustível, a Amazonas Energia GT demandou ação judicial e novamente conseguiu decisão judicial, dessa vez garantindo o fornecimento do combustível suficiente para operação comercial da usina até o julgamento do mérito em definitivo”, afirma o documento da Aneel, visto pela Reuters.
“Vale frisar que a decisão judicial estabelece multa diária de R$ 500 mil pelo seu descumprimento”, acrescenta a nota técnica.
Orçada em R$ 1,7 bilhão, a termelétrica Mauá 3 foi autorizada a iniciar testes ainda em maio, mas desde então Eletrobras e Petrobras vinham negociando o fornecimento de gás para a operação comercial, sem um acordo.
A usina no Amazonas, que somará 591 megawatts em capacidade, tem como objetivo substituir a geração mais cara e poluente de termelétricas a óleo na região. A primeira máquina, acionada nesta segunda-feira, tem 189,55 megawatts.
Fonte: G1