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Empresário confirma em petição que assinou recibos de aluguéis de Lula no hospital

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Em petição apresentada ao juiz Sergio Moro, o empresário Glaucos da Costamarques confirmou que recebeu a visita de um contador, enviado pelo advogado Roberto Teixeira, compadre do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e que assinou, de uma única vez, num leito do Hospital Sírio Libanês, os recibos referentes aos aluguéis de 2015 do apartamento de São Bernardo do Campo (SP) de que é proprietário e alugava para ex-primeira-dama Marisa Letícia, já falecida. A informação foi revelada pelo Globo nesta quinta-feira. O aluguel do imóvel seria, segundo o Ministério Público Federal, uma das formas pelas quais a Odebrecht teria pago vantagens indevidas a Lula.

Os advogados de Glaucos afirmaram que o primeiro aluguel efetivamente recebido ocorreu em novembro de 2015 e todos os outros foram pagos até fevereiro deste ano, possivelmente em razão do falecimento de Marisa Letícia. Sem receber os valores, Glaucos teria procurado Roberto Teixeira, que respondeu que tudo seria posteriormente acertado com este. O empresário não explicou os pagamentos de anos anteriores à 2015, embora a defesa tenha apresentado os recibos referentes a essas datas.

“O pagamento de alugueres, esclareça-se, só começou a ocorrer após visita do Dr. Roberto Teixeira ao defendente, quando este estava internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde Glaucos se submeteria a intervenção cardiovascular. Foi nesta visita que o referido advogado informou-o de que os alugueres passariam a ser pagos regularmente”, afirma a petição.

Segundo o documento, Glaucos da Costamarques adquiriu o apartamento e o aluguou à Marisa Letícia a pedido do seu primo José Carlos Bumlai. De acordo com o empresário, os recibos foram exigidos em razão da existência do contrato de locação.

O caso do aluguel

Acusado de receber o apartamento vizinho ao seu em São Bernardo do Campo (SP) como propina da Odebrecht, o ex-presidente Lula apresentou, na última terça-feira, recibos de aluguel para desmontar a acusação do Ministério Público Federal. O imóvel tem no registo como proprietário Glauco Da Costamarques, primo do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula. Bumlai já foi condenado na Lava-Jato. Segundo o MPF, Costamarques teria sido usado como “laranja”, e o objetivo da transação imobiliária seria entregar o apartamento a Lula, que alugava o imóvel desde que chegou à Presidência. O imóvel era utilizado para abrigar os seguranças do petista. Quando Lula deixou o cargo, em 2011, continuou a ocupar o imóvel.

Os recibos foram apresentados pela defesa de Lula como prova de que o ex-presidente pagou pelo aluguel do apartamento, após ter sido questionado por Moro no seu segundo depoimento, no dia 13 de setembro, quando também afirmou que era responsabilidade da sua falecida esposa, Marisa Letícia, cuidar dos pagamentos. Ao ser inquirido por Moro, Costamarques disse que só começou a receber os valores referentes ao aluguel a partir de 2015. Apesar disso, ele afirmou ter declarado à Receita Federal que a família de Lula tinha pago todos os valores desde a assinatura do contrato, em 2011.

Os 26 recebios vão de agosto de 2011 a dezembro de 2015, sendo que o contrato teria tido início em fevereiro de 2011. Porém, estariam faltando 33 comprovantes. Além disso, alguns recibos possuem incorreções. Dois trazem datas que não existem: 31 de junho de 2014 e 31 de novembro de 2015. Os recibos referentes a 2012 — são seis — trazem o mesmo erro de digitação quando menciona São Bernardo do Campo, cidade onde fica o apartamento. Em vez de São Bernardo, aparece “São Bernanrdo”.

Infográfico – Fonte: O Globo

O MPF pedirá pela perícia dos recibos apresentados para verificar as suas autenticidades.

Fonte: o Globo

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