Começou na manhã desta terça-feira (5) a reunião de dois dias do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) que deve reduzir a taxa Selic de 9,25% para 8,25% ao ano. A continuidade do declínio no juro tende a reduzir o apelo pela renda fixa, cuja rentabilidade é atrelada à Selic, e estimular a busca por outras aplicações.
Uma dela é a modalidade de fundos imobiliários. Desde quando iniciou sua carteira de fundos imobiliários, em janeiro deste ano, o Santander enfatiza a relação entre a evolução do juro básico brasileiro e o desempenho dos FIIs.
“À medida que os juros caminham para o nível de 7,5% ao ano, o yield isento de Imposto de Renda que os FIIs distribuem passa a ser cada vez mais atrativo”, afirma em relatório o analista de fundos imobiliários do Santander, Felipe Vaz.
Ele compara a média anualizada de retorno da Carteira Fundos Imobiliários do Santander de 8,1% com aplicações de renda fixa, destacando a ausência da alíquota de IR. Detalhe: a expectativa do mercado aponta para taxa Selic encerrando 2017 em 7,25% ao ano.
O departamento de economia de economia do Santander, aliás, revisou para baixo sua projeção para o juro básico em fim deste ano, de 8,50% para 7,50% ao ano. Para a inflação, a estimativa caiu de 4,2% para 3,8% e, para o PIB de 2017, a previsão passou a 0,5% (ante 0,7%).
“Vale destacar que os fundos imobiliários, ainda que tenham uma componente similar à renda fixa nos rendimentos distribuídos mensalmente, não deixam de ser instrumentos de renda variável, e as cotas variam ao longo do tempo. O ideal é que o investidor tenha uma carteira sempre diversificada, e a parcela direcionada para FII seja de um horizonte de investimento de médio e longo prazos (não dá para esquecer que os ciclos do mercado imobiliário são mais longos e sempre marcados por períodos intercalados de expansão e retração, que em geral levam mais de cinco anos)”, pondera Vaz.
Fonte: Money Times.