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IBC-Br: Economia brasileira acumula um crescimento de 0,14% entre janeiro e julho de 2017

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De acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), a economia brasileira avançou 0,14% nos sete primeiros meses de 2017. Essa aferição refere-se à série observada do indicador, calculada sem a realização de ajustes sazonais. Na série dessacionalizada, ou seja, com a realização de ajustes sazonais, o crescimento econômica é um pouco maior: 0,31%.

Se compararmos a taxa de variação dos últimos doze meses com a taxa de variação dos doze meses anteriores, houve queda de 1,44% na série observada e retração de 1,37% na série dessacionalizada.

Na comparação mensal, o chamado Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), teve alta de 0,41% em julho, na comparação com junho. O resultado foi calculado após ajuste sazonal. Na série observada, sem ajustes sazonais, o crescimento mensal foi bem maior: 2,65%. De acordo com informações da autoridade monetária, julho foi o segundo mês seguido de expansão do indicador de atividade.

Já na comparação com o mesmo mês do ano anterior, contra julho de 2016, o IBC-Br registrou alta de 1,41%. Neste caso, a comparação foi feita sem ajuste sazonal – pois considera períodos iguais. Com ajuste sazonal, o crescimento do nível de atividade foi de 1,48%.

IBC-Br

O indicador do Banco Central é visto pelo mercado financeiro como uma antecipação do resultado do PIB. Ele é divulgado mensalmente pelo Banco Central, enquanto o PIB é divulgado a cada três meses pelo IBGE.

O IBC-Br serve de base para investidores e empresas adotarem medidas de curto prazo. Porém, não necessariamente reflete o resultado anual do PIB e, em algumas vezes, distancia-se bastante.

O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços).

A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores, acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE, por sua vez, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.

PIB

Em 2016, o PIB teve uma retração de 3,6%, mas registrou alta nos três primeiros meses deste ano (+1%) e também no segundo trimestre (+0,2%).

O governo estima atualmente que a economia brasileira vai registrar crescimento de 0,5% em 2017, mas já avalia a possibilidade de elevar essa previsão diante dos últimos resultados da economia. Para o mercado financeiro, a expectativa é de uma alta da ordem de 0,6% para a economia neste ano.

Juros

O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária. Atualmente, a taxa Selic está em 8,25% ao ano e a estimativa do mercado é de que recue para 7% ao ano no fim de 2017.

Pelo sistema que vigora no Brasil, o BC precisa ajustar os juros para atingir as metas preestabelecidas de inflação. Quanto maiores as taxas, menos pessoas e empresas ficam dispostas a consumir, o que tende a fazer com que os preços baixem ou fiquem estáveis.

Para 2017 e 2018, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Desse modo, o IPCA, considerado a inflação oficial do país e medida pelo IBGE, pode ficar entre 3% e 6%, sem que a meta seja formalmente descumprida.

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