O ex-ministro Antonio Palocci incriminou o ex-presidente Lula em depoimento sobre ação sobre propinas da Odebrecht no caso da Operação Lava Jato. Ele confessou ao juiz federal Sérgio Moro que pegou pelo menos R$ 300 milhões da Odebrecht para o Partido dos Trabalhadores. Lula é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro neste processo.
Identificado como “italiano”, o ex-ministro era responsável pelas planilhas de propinas da construtora para o PT e Lula, o “amigo”, que recebeu R$ 40 milhões do total desviado. Ele também articulou dois encontro entre as partes, sendo o primeiro para acertar um “pacote de vantagens indevidas”, que envolveu a compra do terreno do Instituto Lula e do sítio em Atibaia, e o outro durante a eleição da ex-presidente Dilma Rousseff, para assegurar que ela mantivesse os privilégios da Odebrecht.
O Ministério Público Federal afirma que o valor das propinas pagas pela empresa chegaram a R$ 75 milhões, em oito contratos com as estatais. O ex-ministro está negociando uma acordo de delação premiada, mas afirmou que colaboraria com a Justiça de forma espontânea.
Diante da denúncia, o advogado Cristiano Zanin Martins, defensor do ex-presidente Lula, declarou: “Palocci muda depoimento em busca e=de delação. O depoimento de Palocci é contraditório com outros depoimentos de testemunhas, réus, delatores da Odebrech e com as provas apresentadas. (…) Como Léo Pinheiro e Delcídio, Palocci repete papel de validar, sem provas, as acusações do MP para obter redução de pena”.