Em relatório enviado a clientes, o banco JP Morgan afirmou estar otimista em relação ao Brasil e que o “maior ciclo de afrouxamento monetário do mundo” faz com que o país seja uma escolha melhor ao ser comparado com o México, na América Latina. O estrategista da região, Emy Shayo Cherman, que assina o documento, reiterou a recomendação overweight, de alocação acima da média, no mercado nacional.
Ontem, o Banco Central do Brasil reduziu a Taxa Selic, a taxa básica de juros, para 7,5%, assim como já era esperado. Além disso, a medida reforçou a tendência de que o juro caminhe no final do ano para 7%. “Os investidores institucionais têm bolsos profundos em ambos os países [México e Brasil], mas os brasileiros são mais propensos a entrar no mercado de ações quando a atratividade em relação aos títulos aumenta”, explica a análise.
O JP também entende que a avaliação preço sobre o lucro (P/L) está mais elevada no Brasil nos últimos 10 anos. “Ainda assim, vemos mais espaço para alta nas estimativas de crescimento nos lucros no Brasil, enquanto os números do México se mostram realistas e em linha com a tendência da atividade econômica”, aponta o relatório.
Carteira do Brasil
O banco possui uma carteira recomendada exclusiva sobre o mercado brasileiro, que atualmente conta com 13 ações.
Entre elas estão: AES Tiête (TIET11), BR Malls (BRML3), Carrefour (CRFB3), Fleury (FLRY3), Itaúsa (ITSA4), Gerdau (GGBR4), Lojas Americanas (LAME4), Petrobras (PETR3), Rumo (RAIL3) e São Martinho (SMTO3).
Foram incluídas nesta última lista os ativos da Via Varejo (VVAR11), do Banco do Brasil (BBAS3) e da B3 (BVMF3). Essas empresas foram escolhidas por terem maiores chances de acompanharem o crescimento da economia e do consumo no Brasil.
Por outro lado, as ações da Ecorodovias (ECOR3) e do Itaú Unibanco (ITUB4) foram retirados, por estarem bem precificados pelo mercado e não tem altas expectativas para o lucro esperado em 2018.