O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, disse hoje (19) que a expectativa para a Segunda e a Terceira Rodadas de Partilha de Produção do Pré-Sal, na semana que vem, é que todas as áreas tenham disputa de ofertas e sejam leiloadas. Oddone participou da solenidade de posse de José Cesário Cecchi na Diretoria Colegiada da ANP, no Palácio Itamaraty, no Rio de Janeiro.
“A nossa expectativa é que todas as áreas do pré-sal sejam contratadas com disputa”, disse Oddone sobre os leilões, marcados para o dia 27 deste mês. “Acho que haverá oferta pelas oito [áreas do leilão] e haverá disputa acirrada por algumas delas”.
O diretor-geral da ANP não adiantou quais áreas ele acredita que despertem mais interesse do mercado, mas afirmou esperar disputas acirradas nas duas rodadas, que terão quatro áreas cada.
A segunda rodada terá áreas em diferentes estágios de desenvolvimento, incluindo alguns em que já há produção, e a terceira será a primeira do pré-sal com blocos para exploração.
Na segunda rodada, serão oferecidas áreas com jazidas unitizáveis, que são as adjacentes a campos ou prospectos cujos reservatórios se estendem para além da área concedida. As áreas são relativas às descobertas denominadas Gato do Mato e Carcará e aos campos de Tartaruga Verde e Sapinhoá. Na terceira rodada, serão disputadas as áreas localizadas nas bacias de Campos e de Santos, na região do polígono do pré-sal, relativas aos prospectos de Pau Brasil, Peroba, Alto de Cabo Frio-Oeste e Alto de Cabo Frio-Central.
“O pré-sal, pelo volume das reservas e produtividade dos poços, é extraordinário. O pré-sal vai atrair um interesse muito grande, só que também demanda altos investimentos e uso de tecnologia. É uma província para grandes empresas. O número de atores capazes de atuar no pré-sal é limitado, e a gente vê quase todos eles inscritos nas nossas rodadas”.
Reabertura do prazo
Décio Oddone destacou a possibilidade de reabrir o prazo para apresentar ofertas aos blocos que não forem contratados ao longo das próximas rodadas. A mudança foi anunciada pela agência na manhã de hoje e permitirá que, ao fim de cada rodada, as empresas façam novos lances.
Segundo Oddone, a mudança foi pensada para evitar que problemas burocráticos impeçam a contratação de áreas disponíveis no leilão. “Isso corrige a possibilidade de confusões de última hora, de envelope, burocracia, procuração. Foi com o objetivo de dar uma oportunidade caso alguém se equivoque”.
O diretor-geral da ANP afirmou que a mudança passará a valer para todos os próximos leilões, incluindo as rodadas de concessão.
Para 2018, a ANP prevê a realização de três leilões, entre eles a 15ª Rodada, em março, que terá blocos em bacias da margem leste e equatorial e as bacias terrestres de fronteira. Com o calendário eleitoral, esses leilões não poderão ser realizados entre julho e outubro, explicou Oddone.